Em Chicago, milho mantém estabilidade no pregão desta 2ª feira focado no comportamento do clima no Meio-Oeste
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho ainda operam próximos da estabilidade ao longo da sessão desta segunda-feira (17). Perto das 12h02 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam quedas entre 0,50 e 1,00 pontos. O setembro/17 operava a US$ 3,75 por bushel e o dezembro/17 a US$ 3,88 por bushel. O março/18 era negociado a US$ 3,99 por bushel.
Com as lavouras de milho em fase de polinização nos EUA, uma das mais importantes no desenvolvimento da cultura, o foco dos investidores continua no clima no Corn Belt. "O mercado ainda é pressionado por alguma melhora no panorama climático no país e, sobretudo, pelas projeções do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) relativas ao aumento da oferta global e norte-americana", destacou a Granoeste Corretora de Cereais, em seu comentário diário.
"Temos um panorama menos ameaçador para o milho, de modo a restringir um pouco as preocupações, em particular, com as perspectivas para a colheita no país. As lavouras passam pelo processo de polinização nesse momento, mais sensível ao calor", destacou o Agrimoney.com.
Contudo, as projeções mais alongadas, entre 8 a 14 dias, indicam a continuidade das temperaturas elevadas no cinturão produtor, conforme ressalta o NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país. No mesmo período, as chuvas deverão ficar abaixo da normalidade.
Temperaturas previstas nos EUA nos próximos 8 a 14 dias - Fonte: NOAA
Precipitações previstas nos EUA nos próximos 8 a 14 dias - Fonte: NOAA
"De qualquer maneira, a evolução das lavouras dos EUA é o ponto central para a formação dos preços. As incertezas climáticas ainda podem render muita volatilidade", completa a Granoeste.
Ainda conforme ponderou o site internacional, partes do sul de Illinois, centro de Missouri, do centro, norte e leste do Kansas, do centro de Iowa e das áreas centrais das Dakotas, áreas que correspondem em torno de 15% a 20% da produção nos EUA correm maior risco de calor e umidade essa semana. Embora o calor tente se espalhar por todo o Meio-Oeste, "há múltiplas possibilidades de chuvas para reduzir manchas mais secas", completa o site.
No final da tarde de hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reporta seu novo boletim de acompanhamento de safras. Até a semana anterior, cerca de 65% das lavouras apresentavam boas ou excelentes condições.
Já os embarques semanais de milho somaram 1.109,638 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 13 de julho. O volume ficou acima do indicado na semana passada pelo USDA, de 1.010,889 milhão de toneladas.
BM&F Bovespa
As cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa operam em campo negativo no pregão desta segunda-feira. As principais posições do cereal exibiam quedas entre 0,36% e 1,14%, por volta das 12h06 (horário de Brasília). O setembro/17, referência para a safrinha, era cotado a R$ 26,10 a saca e o novembro/17 a R$ 27,55 a saca.
Além da influência dos preços no mercado internacional, o dólar também pesa na formação das cotações na bolsa brasileira. A moeda norte-americana era negociada a R$ 3,1816 na venda, com queda de 0,10%, perto das 11h59 (horário de Brasília). Conforme dados da Reuters, "o dólar é favorecido pelos dados mais fortes da economia chinesa, que elevaram a busca por ativos de risco, e em meio ao ambiente político doméstico mais calmo".
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