Com especulação sobre o clima nos EUA, milho sobe mais de 6 pts e dez/17 está acima de US$ 4,00/bu na CBOT
Pelo segundo dia consecutivo, os preços do milho registraram boas altas na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal ampliaram o movimento positivo ao longo do pregão e encerraram a quarta-feira (7) ganhos entre 6,00 e 7,50 pontos, valorização de mais de 1,5%. O julho/17 operava a US$ 3,84 por bushel e o setembro/17 era negociado a US$ 3,92 por bushel. O dezembro/17 subiu e sustentou acima do nível de US$ 4,00 por bushel, cotado a US$ 4,02 por bushel.
Conforme dados reportados pela Reuters internacional, os preços subiram e tocaram o melhor patamar do último ano com sustentação do clima no Corn Belt. "As previsões de um clima potencialmente estressante na região do Meio-Oeste elevaram as cotações do milho nesta quarta-feira", destacou a agência.
"Você tem uma safra que não está com um bom começo e precisa de condições de umidade, não quente e seca", disse Don Roose, presidente da EUA Commodities.
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"A safra de milho dos Estados Unidos ainda está a poucas semanas da fase de polinização, uma das mais importantes da cultura, que deve ocorrer no mês de julho", divulgou a Reuters.
Ainda no início dessa semana, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou que 68% das lavouras do cereal apresentam boas ou excelentes condições. O número ficou acima do registrado na semana anterior, de 65%.
"A alta do trigo também motiva ganhos no milho. Cerca de 15% da colheita mundial de trigo é usada na produção de rações", reforçou a Granoeste Corretora de Cereais.
Mercado brasileiro
De acordo com levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, a quarta-feira foi de ligeiras oscilações aos preços do milho negociados no mercado brasileiro. Em Sorriso (MT), o valor passou por uma correção e subiu 8,33% e encerrou o dia a R$ 13,00. Na região de São Gabriel do Oeste (MS), o ganho foi de 5,26%, com a saca a R$ 20,00.
Na localidade de Ponta Grossa (PR), a valorização ficou em 4,00% e a saca a R$ 26,00. O dia também foi positivo no Oeste da Bahia, com alta de 3,37% e a saca do grão negociada a R$ 23,00. Em Rio do Sul (SC), a alta foi de 2,13%, com a saca a R$ 24,00.
Na contramão desse cenário, o valor caiu 2,94% em Tangará da Serra (MT), com a saca a R$ 16,50. Na região de Palma Sola (SC), a perda foi de 2,17%, com a saca a R$ 22,50. Em Castro (PR), o preço caiu 1,89%, com a saca do cereal a R$ 26,00.
No mercado doméstico, as cotações ainda continuam sendo influenciadas pela chegada da safrinha, com o andamento da colheita. O clima no Brasil e nos EUA segue em pauta no mercado, assim como, o comportamento cambial que pode influenciar as exportações brasileiras.
Já na BM&F Bovespa, as cotações do cereal também subiram nesta quarta-feira. As principais posições da commodity registraram valorização de mais de 1%. O julho/17 era negociado a R$ 26,60 a saca e o setembro/17 a R$ 27,40 a saca. O novembro/17 fechou o dia a R$ 28,35 a saca.
Os preços da commodity foram influenciados pela alta registrada na Bolsa de Chicago. Já o dólar registrou leve queda de 0,13%, e encerrou o dia a R$ 3,2721 na venda. Segundo dados da Reuters, a cena política no Brasil, com o julgamento da chapa Dilma-Temer, permanece no radar dos investidores.
Confira como fecharam os preços nesta quarta-feira:
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