Em Chicago, milho aguarda atualização da safra americana e encerra 2ª feira com ligeiras altas
O pregão desta segunda-feira (5) foi de ligeira alta aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal finalizaram o dia com ganhos entre 0,25 e 1,00 pontos. O contrato julho/17 encerrou a sessão a US$ 3,73 por bushel, enquanto o setembro/17 trabalhava a US$ 3,81 por bushel. Já o dezembro/17 era cotado a US$ 3,92 por bushel.
As cotações permaneceram praticamente inalteradas nesse início de semana, uma vez que os participantes do mercado aguardam a atualização dos números da safra americana, conforme dados das agências internacionais. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz no final da tarde de hoje as projeções de plantio e o percentual de lavouras em boas ou excelentes condições.
A perspectiva é que o órgão indique a semeadura completa em 95% da área prevista para essa temporada. Até a última semana, em torno de 91% da área havia sido cultivada. No caso das condições das lavouras, a aposta dos investidores é que o USDA indique 67% das lavouras em boas ou excelentes condições. Na semana anterior, o número estava em 65%.
"O número abaixo das avaliações dos últimos 3 anos causou uma pequena reviravolta no mercado de futuros", destacou Joe Lardy na CHS Hedging. E o clima terá que ser melhor para garantir rendimentos decentes, ressaltou a Water Street Solutions, ao Agrimoney.com.
E, de acordo com informações do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - nos próximos dias, os maiores volumes de chuvas serão registrados mais ao Leste dos EUA. Para os próximos 7 dias, os mapas indicam chuvas de até 6,35 mm nos principais estados produtores do Meio-Oeste, com algumas exceções.
Já os embarques semanais ficaram em 1.177,107 milhão de toneladas do milho na semana encerrada no dia 01 de junho. O número ficou linha com as expectativas dos investidores, de 890 mil a 1,19 milhão de toneladas. Na última semana, o número ficou em 1.194,729 milhão de toneladas de milho.
Ainda assim, o analista de grãos da PIRA Energy, Pete Meyer, destacou em entrevista ao Agriculture.com que "os mercados parecem estar lutando por novas informações no momento".
Mercado brasileiro
Enquanto isso, no mercado brasileiro o início da semana foi de leves modificações nos preços. Segundo levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em Campo Grande (MS), a saca caiu 5,00% nesta segunda-feira e fechou o dia a R$ 19,00. Ainda no estado, na localidade de São Gabriel do Oeste, a perda ficou em 2,44%, com a saca a R$ 20,00. Já em Luís Eduardo Magalhães (BA), a saca fechou o dia a R$ 22,00, com recuo de 2,22%.
No Porto de Paranaguá, o preço futuro caiu 1,69%, com a saca a R$ 29,00, para entrega em setembro/17. Em contrapartida, em Sorriso (MT), a saca do cereal subiu 4,00% e terminou o dia a R$ 13,00.
As cotações permanecem pressionadas negativamente diante do início da colheita da safrinha no país. "Em curto e médio prazos, o avanço da colheita da segunda safra e a maior disponibilidade interna deverão manter a pressão de baixa sobre os preços do milho no mercado interno. Os menores valores estão previstos para setembro/17", destacou a Scot Consultoria.
Contudo, a postura retraída dos vendedores ainda tem limitado as perdas nos preços, ainda conforme dados da consultoria. Nesse momento, os analistas reforçam que o comportamento do clima nos Estados Unidos e no Brasil, com a colheita da segunda safra, permanecem no radar dos investidores. O dólar também é outra variável importante e que pode influenciar as exportações brasileiras.
Em maio, os produtores brasileiros exportaram 310 mil toneladas de milho, de acordo com a Secex (Secretaria de Comércio Exterior). O número representa uma alta de 63,9% em relação ao mês anterior.
Já a moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,2881 na venda, com alta de 1,03%. Conforme dados da Reuters, os investidores estão mais cautelosos antes de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começar o julgamento da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer e que pode culminar na saída do presidente.
A valorização cambial também influenciou as cotações do milho negociadas na BM&F Bovespa nesta segunda-feira (5). As principais posições do cereal subiram entre 0,71% e 1,76%. O setembro/17 era cotado a R$ 26,95 a saca e o novembro/17 a R$ 27,83 a saca.
Confira como fecharam os preços nesta segunda-feira:
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