Em meio à perspectiva de avanço na semeadura nos EUA, milho fecha 2ª feira em queda na CBOT
A sessão desta segunda-feira (15) foi negativa aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal ampliaram as perdas e encerraram o dia com desvalorizações entre 3,25 e 3,50 pontos. O vencimento julho/17 era cotado a US$ 3,67 por bushel, enquanto o setembro/17 operava a US$ 3,75 por bushel. O dezembro/17 finalizou o dia a US$ 3,85 por bushel.
De acordo com informações das agências internacionais, o mercado foi pressionado pela perspectiva de avanço na semeadura do milho no Meio-Oeste americano. Até a semana anterior, cerca de 47% da área prevista para essa temporada já havia sido cultivada, conforme números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Para essa semana, a aposta dos participantes do mercado é de um plantio completo em 71% da área. Exatamente o índice indicado pelo departamento americano no final da tarde. No mesmo período do ano anterior o número estava em 70%, mesmo percentual dos últimos cinco anos.
"O que os investidores realmente estão olhando nesse momento é o clima nos EUA e se isso está afetando o plantio de primavera no país", destacou o portal Agrimoney.com.
No leste do cinturão produtor, onde a umidade tem sido uma preocupação para as plantações, "poderemos ter um progresso melhor nesta semana devido às temperaturas mais quentes e chuvas restritas", disse Benson Quinn Commodities.
Enquanto isso, o oeste do Corn Belt, as previsões climáticas indicam um aumento das chuvas essa semana. "As chuvas poderão ser excessivas, porém, dado o progresso registrado na semana anterior, o oeste do cinturão produtor de milho permanecerá em boa forma", completa Benson Quinn Commodities.
Além disso, ainda hoje, o USDA trouxe outro importante relatório, o de embarques semanais. Até a semana encerrada no dia 11 de maio, os embarques do cereal ficaram em 1.395,853 milhão de toneladas, conforme reporte do USDA. Na última semana, o número ficou em 720,586 mil toneladas.
Mercado brasileiro
No mercado brasileiro, o início da semana foi de ligeiras movimentações aos preços do cereal. Segundo levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, a saca caiu 2,56% e terminou a segunda-feira a R$ 19,00, em Jataí (GO). Na região de Campinas (SP), a perda foi de 1,85%, com a saca a R$ 26,60.
Ainda em Pato Branco (PR), o dia também foi negativo, com a saca do grão a R$ 21,30 e queda de 1,39%. Em contrapartida, em Luís Eduardo Magalhães (BA), o valor subiu 2,22%, com a saca de milho a R$ 23,00. Nas demais praças o dia foi de estabilidade.
Os preços do cereal permanecem pressionados negativamente internamente em meio ao baixo ritmo de negociação no mercado spot nacional, de acordo com dados do Cepea. De um lado, os vendedores ainda estão retraídos no mercado e aguardam melhores oportunidades para comercializar.
"Do lado comprador, muitos realizam pequenas aquisições apenas para o abastecimento de curto prazo, à espera da entrada do milho segunda safra", ressaltou o Cepea.
Já na BM&F Bovespa, as cotações apresentaram ligeiras altas nesta segunda-feira. As principais posições do cereal subiram entre 0,26% e 0,99%. O maio/17 era cotado a R$ 28,05 a saca e o setembro/17 era negociado a R$ 26,81 a saca. Apenas o março/18 caiu levemente, com perda de 0,10%, com a saca a R$ 29,70.
Os preços subiram apesar das perdas registradas no mercado internacional e também no câmbio. A moeda norte-americana caiu pelo 5º pregão seguido e terminou a segunda-feira a R$ 3,1060 na venda, com recuo de 0,58%. O patamar de fechamento é o menor desde 17 de abril, quando o dólar tocou o nível de R$ 3,1044.
Conforme dados da agência Reuters, o dólar foi pressionado pela animação dos investidores diante do andamento das reformas no Congresso Nacional e também com influência do cenário externo.
Confira como fecharam os preços nesta segunda-feira:
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