Milho sobe em Chicago após o USDA refletir estoques em baixa e demanda em alta
Os contratos futuros do milho encerraram as negociações na Bolsa de Chicago (CBOT), nesta quarta (10), em alta considerável com os traders atentos aos menores estoques na próxima safra dos Estados Unidos, em contrapartida a um aumento da demanda mundial. As variações do cereal ficaram entre 7 (maio) a 7,25 pontos.
Em valores, o papel deste mês foi cotado a US$ 3,65, o de julho a US$ 3,73 e o de setembro a US$ 3,81.
A percepção que empurrou a valorização do cereal na bolsa americana veio do relatório do USDA, que também trouxe uma estimativa pouco menor para a produção americana. E mesmo o ganho do milho no Brasil e Argentina, ainda de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA, não teve efeito sobre a “preocupação” com o equilíbrio da oferta e demanda mundiais.
"Os estoques de milho estão caindo e os estoques de soja estão subindo - esta é uma mudança de paradigma dos últimos três anos”, relatou Mike Zuzolo, da Global Commodity Analytics, ao site Agrimoney.
Os estoques americanos de milho foram vistos pelo USDA como terminando na próxima safra em 2,1 bilhões de bushels (53,6 milhões de toneladas), um pouco abaixo da linha que o mercado havia marcado, com previsões de uma safra mais fraca e uma demanda mais forte de etanol mais do que compensando um declínio esperado nas exportações, ainda segundo informou o portal especializado.
BM&F Bovespa
Com dólar perdendo uma margem de 0,57%, batendo em R$ 3,16, e com o USDA também inflando um pouco mais a safra brasileira (além a da Argentina), os negócios com o milho terminaram em leve baixa.
O contrato de maio finalizou em -0,07%, R$ 27,88, e o setembro em -0,89%, R$ 26,65.
>> Leia sobre o relatório do USDA:
USDA estima safras globais de soja e milho menores na temporada 2017/18
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