Atento ao ritmo de plantio nos EUA, milho fecha pregão desta 5ª feira em campo positivo em Chicago
A quinta-feira (27) foi de recuperação aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal finalizaram o dia com ganhos entre 2,50 e 3,00 pontos. O vencimento maio/17 era cotado a US$ 3,62 por bushel, enquanto o julho/17 era negociado a US$ 3,69 por bushel. O setembro/17 encerrou o pregão a US$ 3,76 por bushel.
De acordo com dados reportados pela Reuters internacional, o mercado foi sustentado pelas preocupações com o clima chuvoso no Meio-Oeste dos EUA e possíveis atrasos no plantio do cereal. Conforme dados do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - nos próximos dias, parte da região produtora deverá receber chuvas acima da média.
Chuvas nos EUA 6 a 10 dias - NOAA
Até o início da semana, em torno de 17% da área prevista para essa temporada já havia sido cultivada, segundo dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Em igual período do ano anterior, o plantio estava completo em 28% da área e a média para o período é de 18%.
"As sólidas vendas para exportação aumentaram o apoio aos preços e o alívio de que a Casa Branca não retire imediatamente o país do Tratado de Livre Comércio da América do Norte também ajudou na alta de hoje", reportou a Reuters internacional.
As vendas de milho somaram 987,9 mil toneladas do grão na semana encerrada no dia 20 de abril. O volume ficou dentro das apostas dos investidores, entre 800 mil a 1,3 milhão de toneladas. O total comprometido da temporada chega a 51.044,0 milhões de toneladas, enquanto o departamento estima as vendas desta temporada em 56,52 milhões de toneladas.
No caso do NAFTA, a preocupação é com as exportações, uma vez que o país embarca mais de 14 milhões de toneladas de milho por ano ao México.
Mercado brasileiro
No mercado doméstico, a quinta-feira foi de ligeiras movimentações aos preços do milho. Conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em Sorriso (MT), o valor caiu 6,67%, com a saca do cereal a R$ 14,00. Ainda no estado mato-grossense, na região de Campo Novo do Parecis, a perda ficou em 5,26%, com a saca a R$ 18,00. Já em Tangará da Serra, a saca ficou em R$ 20,00 e queda de 4,76%.
Na localidade de Castro (PR), a desvalorização foi de 3,85%, com a saca do milho a R$ 25,00. No Oeste da Bahia, a cotação cedeu 4,17%, com a saca a R$ 23,00. No Porto de Paranaguá, o valor futuro caiu 1,69%, com a saca a R$ 29,00. Em contrapartida, a saca subiu 2,44% e finalizou o dia a R$ 21,00 em Não-me-toque (RS). Em Ponta Grossa (PR), o ganho foi de 2,00%, com a saca a R$ 25,50.
Os analistas reforçam que o mercado segue com baixo volume de negociação. Ainda hoje, o Governo anunciou que os primeiros leilões de apoio à comercialização serão realizados a partir da próxima semana. Serão ofertados de 7.400 contratos de opção de venda de milho em grãos, a granel, das safras 2016/2017 e 2017. Também estão previstos um leilão de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) pela venda e escoamento de 200 mil toneladas do produto e mais um leilão de Prêmio para o Escoamento (PEP) de 200 mil toneladas de milho.
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Enquanto isso, na bolsa brasileira, os preços da commodity subiram no pregão desta quinta-feira. As principais posições do cereal acumularam valorizações entre 0,14% e 0,37%. O contrato maio/17 era cotado a R$ 28,20 a saca e o setembro/17 a R$ 27,19 a saca.
Além da influência dos preços em Chicago, as cotações também encontraram sustentação na valorização cambial. O dólar encerrou o dia a R$ 3,1820 na venda, com ganho de 0,28%. Os investidores seguem cautelosos com a Reforma da Previdência, conforme destacou a agência Reuters.
Confira como fecharam os preços nesta quinta-feira:
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