Diante da previsão de clima mais seco no Meio-Oeste, milho fecha 4ª feira perto da estabilidade em Chicago
A quarta-feira (19) foi de estabilidade aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal se mantiveram inalteradas no pregão de hoje. Apenas o dezembro/17 subiu 0,06% e finalizou o dia a US$ 3,86 por bushel. O maio/17 era negociado a US$ 3,61 por bushel e o julho/17 operava a US$ 3,68 por bushel.
De acordo com dados da Reuters internacional, as cotações permaneceram inalteradas "diante dos estoques mundiais abundantes que suprimem todas as tentativas de rallies". Paralelamente, todas as atenções dos investidores estão voltadas ao plantio da nova safra nos Estados Unidos.
"Os comerciantes também avaliaram as possibilidades para períodos mais secos no Meio-Oeste dos EUA após um começo mais úmido", destacou a Reuters internacional. As previsões climáticas já indicam um período mais seco entre o final de abril e início de maio.
Até o último domingo, em torno de 6% da área prevista para essa temporada havia sido plantada, abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior, de 12%.
"Contudo, ainda se espera que as condições de chuva interrompam o trabalho de campo no Meio-Oeste nos próximos 10 dias", disse Tobin Gorey, da CBA. A janela ideal de plantio para o milho nos EUA se encerra próximo ao dia 20 de maio.
Mercado brasileiro
No mercado interno, as cotações do cereal permanecem pressionadas negativamente. Segundo levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em Sorriso (MT), a saca caiu 9,38% e terminou o dia a R$ 14,50. No oeste da Bahia, o preço recuou para R$ 28,50 a saca, com perda de 3,39%.
"A maior disponibilidade na temporada atual e a baixa liquidez continuam pressionando para baixo os preços do milho no mercado brasileiro. Em curto e médio prazos não estão descartadas quedas nos preços do cereal no mercado interno", destacou a Scot Consultoria nesta quarta-feira.
Além disso, a consultoria reportou que as cotações ainda podem ceder mais com a chegada da segunda safra ao mercado. Em muitos estados, os preços referentes à safrinha já estão abaixo do valor mínimo fixado pelo Governo para a saca do cereal.
Diante desse cenário, foi reportado no Diário Oficial da União nesta quarta-feira medidas de apoio à comercialização do cereal. Ao todo serão R$ 800 milhões para leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro), Prêmio para Escoamento de Produto (PEP), compra de contrato de opção de venda e repasse de contrato de opção de venda.
Em contrapartida, o valor subiu 4,00%, com a saca do cereal a R$ 26,00 em Castro (PR). Já no Porto de Paranaguá, a cotação futura registrou alta de 1,72%, com a saca a R$ 29,50.
Enquanto isso, na BM&F Bovespa as cotações apresentaram um fechamento misto. As primeiras posições da commodity subiram entre 0,28% e 1,75%, com o maio/17 negociado a R$ 28,45 a saca e o setembro/17 a R$ 27,89 a saca. Já as posições mais longas recuaram entre 0,10% e 0,83%.
Além do apoio vindo das medidas de apoio à comercialização, as cotações também se sustentam na valorização cambial. Ainda hoje, a moeda subiu mais de 1,09% e finalizou o dia a R$ 3,1472 na venda. Conforme dados da Reuters, os investidores cautelosos diante da cena política e possíveis dificuldades que o Governo Temer terá para aprovar a reforma da Previdência no Congresso Nacional.
Confira como fecharam os preços nesta quarta-feira:
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