Focado na safra norte-americana, milho encerra sessão desta 2ª feira em campo positivo em Chicago
A sessão desta segunda-feira (3) foi positiva aos preços futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal sustentaram os ganhos e finalizaram o dia com valorizações entre 3,50 e 3,75 pontos. O vencimento maio/17 era cotado a US$ 3,67 por bushel, enquanto o julho/17 encerrou o pregão a US$ 3,75 por bushel. Já o setembro/17 trabalhava a US$ 3,82 por bushel.
De acordo com informações das agências internacionais, os preços ainda encontraram suporte nas primeiras estimativas do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) para a safra do país. Na última sexta-feira, o órgão confirmou a queda na área destinada ao plantio do cereal, que deverá somar 36,42 milhões de hectares nesta temporada.
Além disso, as agências destacam a movimentação técnica após o reporte dos números do departamento. "Os fundos estavam com posições curtas no milho e longas na soja", disse Darrell Holaday, da Country Futures. "Depois dos números de sexta-feira eles estão mudando a sua posição", completa.
Outro fator que também contribuiu para dar sustentação aos preços foi o boletim de embarques semanais do USDA. No caso do milho, os números ficaram em 1.475,257 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 30 de março. O volume ficou acima das estimativas dos investidores, entre 1,19 milhão a 1,4 milhão de toneladas.
Na última semana, o número ficou 1.569,779 milhão de toneladas. No acumulado da temporada, os embarques do cereal 33.332,004 milhões de toneladas, o volume está bem acima do registrado no mesmo período do ano anterior, de 19.648,725 milhões de toneladas. A projeção é que sejam embarcadas 56,2 milhões de toneladas neste ciclo.
Apesar da movimentação positiva, os investidores ainda observam o tamanho da safra na América do Sul, especialmente no Brasil. A preocupação é que com uma safra maior que 90 milhões de toneladas, segundo as projeções oficiais, as exportações brasileiras afetem os embarques norte-americanos.
Mercado brasileiro
O início da semana foi de ligeiras movimentações aos preços do milho negociados no mercado interno. Conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, em Palma Sola (SC), o valor subiu 4,55%, com a saca do cereal a R$ 23,00. No Porto de Paranaguá, a saca futura apresentou ganho de 3,57%, com a saca a R$ 29,00.
Em São Gabriel do Oeste (MS), a valorização ficou em 2,38%, com a saca a R$ 21,50. Em contrapartida, em Rio do Sul (SC), a cotação cedeu 2,08% e a saca encerrou a segunda-feira a R$ 23,50. Nas demais praças pesquisadas o dia foi de estabilidade.
Contudo, o saldo do mês de março foi negativo aos preços, conforme dados do Cepea. A queda é um reflexo dos bons rendimentos da safra de verão, clima favorável para a safrinha de inverno e as incertezas vindas do lado demanda causadas pela Operação Carne Fraca.
"O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (região de Campinas – SP) caiu expressivos 16,6% no mês, fechando a R$ 30,12/saca de 60 quilos nessa sexta-feira, 31", destacou a entidade.
Já na BM&F Bovespa, os preços do cereal cederam nesse início de semana. As principais posições da commodity finalizaram o dia com quedas entre 0,78% e 1,93%. O vencimento maio/17 era cotado a R$ 28,00 a saca, já o setembro/17era negociado a R$ 27,31 a saca, enquanto o novembro/17 trabalhava a R$ 28,26 a saca.
As cotações acompanharam a movimentação do dólar nesta segunda-feira. A moeda norte-americana fechou o dia a R$ 3,1150 na venda, com queda de 0,51%. Segundo dados da Reuters, o câmbio seguiu o movimento no mercado internacional, mas a cena política brasileira permanece em foco.
Confira como fecharam os preços nesta segunda-feira:
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