Maior atenção e investimento na produção impulsionou o plantio de milho na Argentina, diz associação do setor

Publicado em 14/03/2017 14:12

Na reta final do plantio de milho da safra 2016/17, a Argentina já começou também a colher os lotes mais precoces em algumas regiões de Entre Ríos, Santa Fe e Corrientes, com rendimentos "extraordinários". Se espera que, nas próximas semanas, a colheita seja generalizada e que os rendimentos alcancem um recorde histórico para o país.

A Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) já vem prevendo que a expectativa de produção de milho comercial é de 37 milhões de toneladas, 23% acima da safra anterior.

A diferença do que vinha ocorrendo nos últimos anos se dá, principalmente, pela maior atenção dada para a produção agropecuária. Esta campanha também foi líder em aplicação de tecnologia, investimento em sementes, lotes, tecnologia de plantio, controle de pragas e doenças e fertilização, segundo destacou a Maizar, associação dos produtores do cereal no país.

"Os resultados começam a ser mostrados no excelente estado que o milho está apresentando, com exceção das zonas que sofreram muito com a seca, como o sudeste de Buenos Aires. Este ano, além disso, há uma porcentagem maior de milho precoce em relação às safras anteriores, nas quais os tardios predominaram", detalhou a Maizar durante a Expoagro, feira que ocorreu na última semana na província de Buenos Aires.

O otimismo dos produtores já começava a ser notados nas exportações da colheita do ano passado, que alcançaram o recorde de 22 milhões de toneladas. As mudanças ocorridas a partir da posse do presidente Maurício Macri geraram uma oportunidade de aumento de área e produção que está provocando uma mudança muito grande na agricultura argentina. "Para que isso se transforme em um crescimento constante, é indispensável que tanto a demanda quanto o posicionamento internacional da Argentina cresçam e, assim, a cadeia de milho possa desenvolver todo o seu potencial em carnes, lácteos, produtos industriais, etanol e biocombustíveis", acrescentou.

A Maizar finalizou disendo que, para sair na frente, "acreditamos que o setor público e privado devem desenhar juntos políticas sustentáveis que permitam realizar investimentos imprescindíveis para agregar valor às produções locais. Estamos seguros de que, assim, será promovido o desenvolvimento econômico e social".

Tradução: Izadora Pimenta

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Fonte:
Clarín

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