Na CBOT, milho fecha pregão desta 3ª feira com ligeiras desvalorizações, próximo da estabilidade
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho consolidaram o movimento negativo no pregão desta terça-feira (14). As principais posições do cereal recuaram entre 0,50 e 1,25 pontos. O contrato março/17 era cotado a US$ 3,74 por bushel, enquanto o maio/17 operava a US$ 3,82 por bushel. Já o julho/17 era negociado a US$ 3,88 por bushel.
O destaque para essa terça-feira foi o reporte de que o senador mexicano Armando Rios Piter, propôs suspender as importações de milho dos Estados Unidos em retaliação às políticas de imigração do presidente americano Donald Trump. O país é um dos principais destinos do produto de origem americana.
"Deveríamos parar de colaborar com os Estados Unidos, com esta administração hostil especificamente em relação às questões de segurança no que diz respeito ao antiterrorismo que temos trabalhado juntos nos últimos anos", disse o senador, conforme reportado pelo portal Agriculture.com.
Paralelamente, o desenvolvimento da safra na América do Sul, especialmente no Brasil também continua sendo observada pelos participantes do mercado. Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou a venda de 229 mil toneladas de milho para o Japão. O volume deverá ser entregue ao longo da campanha 2017/18.
Essa é a segunda venda anunciada pelo departamento, já que nesta segunda-feira o órgão informou a venda de 101,6 mil toneladas para destinos desconhecidos. O volume será entregue no ano comercial 2016/17.
Mercado brasileiro
Os preços do milho registraram ligeira movimentação nesta terça-feira. Segundo levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em Castro (PR), a saca recuou 3,33% e o preço ficou em R$ 29,00. Ainda no estado paranaense, em Ponta Grossa, a queda ficou em 1,75%, com a saca a R$ 28,00.
Já em Luís Eduardo Magalhães (BA), a perda foi de 1,28%, com a saca a R$ 38,50. No Porto de Paranaguá, o valor futuro, para entrega em setembro, caiu 0,64% e finalizou o dia a R$ 31,00 a saca. Nas demais praças o dia foi de estabilidade.
De acordo com o analista de milho da Radar Investimento, Douglas Coelho, boa parte dos compradores ainda esperam preços menores para os negócios, já os produtores vendem o cereal da mão-pra-boca. "E quando olhamos para o clima, temos condições não tão favoráveis em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás o que tem impactado a chegada da primeira safra no mercado e ainda dá suporte aos preços", destaca.
Contudo, o especialista ainda reforça que a perspectiva é de uma grande safra de milho nesta temporada. Conforme última projeção da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a produção deverá somar 87,40 milhões de toneladas nesta temporada. Ainda nesta terça-feira, a Labhoro Corretora estimou a produção brasileira em 90 milhões de toneladas do cereal.
Diante dessa perspectiva, Coelho ainda destaca que os preços irão depender do comportamento do câmbio e, consequentemente, das exportações. Os embarques poderão aliviar o excedente da oferta doméstica.
Na BM&F Bovespa, a sessão desta terça-feira (14) foi negativa aos preços do milho. As principais posições do cereal recuaram entre 0,65% e 0,88%. O vencimento março/17 era cotado a R$ 34,79 a saca, enquanto o maio/17 era negociado a R$ 32,40 a saca. Apenas o janeiro/18 subiu 1,29%, com a saca a R$ 31,50.
Confira como fecharam os preços nesta terça-feira:
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