Com movimentação técnica, milho fecha pregão desta 2ª feira próximo da estabilidade em Chicago
Na Bolsa de Chicago (CBOT), as cotações futuras do milho encerraram o pregão desta segunda-feira (13) com leves altas, próximos da estabilidade. Após atuar em boa parte da sessão do lado negativo da tabela, as cotações voltaram a subir e finalizaram o dia com ganhos entre 0,50 e 0,75 pontos. O março/17 era cotado a US$ 3,75 por bushel, enquanto o maio/17 trabalhava a US$ 3,82 por bushel.
Segundo dados da Reuters internacional, o mercado voltou a subir com movimento de compras técnicas, porém, os abundantes suprimentos globais limitaram o potencial de crescimento para os preços. O Agrimoney.com, reportou que as cotações do cereal também encontram suporte na demanda aquecida pelo produto.
"Tanto em plantas de etanol nos EUA, que têm estado em níveis de produção recorde, quanto de importadores, com exportações elevadas", informou o site internacional. Ainda nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou a venda de 101,6 mil toneladas de milho para destinos desconhecidos. O volume negociado deverá ser entregue na temporada 2016/17.
Já os embarques semanais do cereal ficaram em 1.255,893 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 9 de fevereiro. O volume ficou acima das apostas dos participantes do mercado entre 890 mil toneladas a 1,09 milhão de toneladas.
No acumulado da temporada, os embarques de milho americano somam 23.270,664 milhões de toneladas. O volume está bem acima do registrado no mesmo período do ano anterior, de 13.118,448 milhões de toneladas.
Outro fator que também tem a atenção dos investidores é planejamento da nova safra americana. Até o momento, a perspectiva é que haja uma redução na área destinada ao plantio do cereal.
Mercado brasileiro
No mercado interno, o início da semana foi de ligeiras movimentações aos preços do cereal. De acordo com levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, o valor caiu 4% em São Gabriel do Oeste (MS), com a saca cotada a R$ 24,00 nesta segunda-feira (13).
Já no Porto de Paranaguá, a saca para entrega em setembro/17 recuou 0,95% e encerrou o dia a R$ 31,20. Em contrapartida, em Ponta Grossa (PR), o valor subiu 1,79%, com a saca a R$ 28,50. Nas demais praças pesquisadas o dia foi de estabilidade aos preços.
Porém, segundo dados do Cepea reportados nesta segunda-feira, as cotações do cereal permanecem pressionadas negativamente diante das perspectivas de ampla oferta no mundo e também no país. Por outro lado, os compradores se mantêm retraídos nas compras à espera de melhores oportunidades de comercialização.
"A entrada de maior volume do cereal paulista é esperada entre a segunda quinzena de fevereiro até a primeira de março, o que restringe a disponibilidade imediata do produto. Além disso, o aumento do frete e a preferência pelo escoamento da soja para os portos dificultam a entrada de cereal dos demais estados na região paulista", reportou o Cepea em nota.
Ainda em relação ao Brasil, os participantes do mercado ainda seguem focados na evolução do plantio da segunda safra. Em algumas localidades de Mato Grosso, os produtores já ressaltam dificuldades em prosseguir com o trabalho no campo devido às chuvas constantes.
Na visão do consultor da PA Consultoria Agronômica, Paulo Assunção, muitas áreas do estado a janela ideal de plantio do cereal termina entre os dias 20 a 25 de fevereiro. "Ainda temos uma grande área para plantar, mas acreditamos que os produtores irão investir na cultura mesmo que passe da janela ideal, já que as sementes foram adquiridas”, destaca. Entretanto, a semeadura do cereal fora da janela ideal eleva os riscos em relação à produtividade.
Enquanto isso, na BM&F Bovespa as cotações do cereal finalizaram o dia bem próximas da estabilidade. Apenas o março/17 apresentou leve alta, de 0,14%, com a saca a R$ 35,10. Já as posições mais distantes recuaram 0,49%, com o maio/17 a R$ 32,63 a saca e o setembro/17 a R$ 30,60 a saca.
Dólar
A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,1101 na venda, com leve alta de 0,03%. Conforme dados da agência Reuters, o câmbio voltou a registrar ligeira alta depois de ter alcançado o nível de R$ 3,10 no pregão anterior, com movimentos pontuais de compras para aproveitar o recuo na cotação e da perspectiva de atuação do Banco Central nesse mercado.
Confira como fecharam os preços nesta segunda-feira:
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