Focado na oferta, milho inicia semana em queda no mercado interno e registra desvalorização de até 3,51%
O início da semana foi de ligeira movimentação nos preços do milho no mercado interno brasileiro. De acordo com levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, os preços apresentaram leves quedas nesta segunda-feira (16). Em Panambi (RS), a perda foi de 3,51%, com a saca a R$ 28,02. No Paraná, as praças de Ubiratã, Londrina e Cascavel, recuaram 1,82%, com a saca do cereal a R$ 27,00.
No Porto de Paranaguá, a saca para entrega futura, setembro/17, ficou em R$ 30,50. No restante das praças, o dia foi de manutenção aos preços. Nesta segunda-feira, não houve a referência do mercado internacional, devido ao feriado nos Estados Unidos em comemoração ao Dia de Martin Luther King Jr. As negociações serão retomadas nesta terça-feira (17).
No mercado doméstico, os preços do cereal iniciaram o ano de 2017 com perdas mais fortes. Segundo dados do Cepea reportados nesse início de semana, na parcial de janeiro (até 13 de janeiro), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, registra queda de 10,5%. No final da última semana, a referência ficou em R$ 34,17 a saca de milho.
"A proximidade da colheita da safra de verão tem levado muitos produtores a ofertar maiores volumes do cereal, dada a necessidade de liberar espaço nos armazéns. Ao mesmo tempo, compradores continuam sem muito interesse em adquirir grandes lotes", informou a entidade em nota nesse início de semana.
Em contrapartida, as exportações do cereal permanecem menos aquecidas em relação ao ano anterior. O que ainda segundo o Cepea, "reforça a pressão sobre as cotações internas". A perspectiva é que no ano comercial, de fevereiro/16 a janeiro/17, os embarques de milho totalizem 18,3 milhões de toneladas. A projeção inicial era de um número de 24 milhões de toneladas. Com isso, os analistas ponderam que, os estoques de passagem, da safra 2015/16, poderá ficar acima do esperado.
Ainda no quadro fundamental, a safra de verão continua no radar dos investidores. Em algumas localidades, os produtores rurais já iniciaram a colheita do cereal. Para essa temporada, a projeção é de uma produção ao redor de 28,40 milhões de toneladas, conforme os números oficiais, mas, as consultorias privadas já projetam um número acima de 30 milhões de toneladas.
Outro fator que também já começa a ser observado é o planejamento da segunda safra de milho, que deverá ser cultivada logo após a colheita da soja. Por enquanto, as projeções são otimistas e apontam para uma safra próxima de 56 milhões de toneladas.
BM&F Bovespa
Enquanto isso, na bolsa brasileira, o início da semana foi negativa aos preços do cereal. As principais posições do cereal fecharam a sessão desta segunda-feira (16) com quedas entre 0,22% e 1,15%. O vencimento janeiro/17 era cotado a R$ 34,35 a saca e o março/17 a R$ 34,30 a saca. O maio/17 finalizou o dia a R$ 33,50 a saca.
As cotações também refletem a situação do mercado físico. E nem mesmo a alta do dólar deu suporte aos preços da commodity. A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,2385 na venda, com valorização de 0,52%. Conforme dados da Reuters, o câmbio acompanhou a movimentação da moeda no exterior em dia de feriado nos EUA, o que acabou limitando a liquidez nos mercados.
Confira como fecharam os preços nesta segunda-feira:
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