Com foco na safra brasileira, milho recua até 3,46% no pregão desta 3ª feira na BM&F Bovespa

Publicado em 10/01/2017 16:56

Novamente, as cotações de milho negociadas na BM&F Bovespa registraram um dia de desvalorização. Nesta terça-feira (10), as principais posições do cereal recuaram entre 0,16% e 3,46%. O vencimento janeiro/17 era cotado a R$ 34,61 a saca e o março/17 a R$ 33,85 a saca. Já o setembro/17 era negociado a R$ 31,00 a saca.

Além da queda observada nos preços no mercado internacional, o cenário entre oferta e demanda no Brasil também começa a ser observado pelos participantes do mercado. Ainda nesta terça-feira, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) reportou seu novo boletim de acompanhamento de safras referente ao mês de janeiro. A safra de verão foi projetada em 28,40 milhões de toneladas nesta temporada, volume pouco abaixo do indicado pelas consultorias privadas, de 30 milhões de toneladas. Algumas regiões brasileiras já iniciaram a colheita da 1ª safra.

Já a produção total de milho foi estimada em 84,48 milhões de toneladas na temporada 2016/17. O consumo ficou em 56,10 milhões de toneladas e as exportações em 24 milhões de toneladas de milho. As importações ficaram em 500 mil toneladas do grão. O estoque inicial da safra nova foi projetado em 7,98 milhões de toneladas.

No caso da temporada passada, 2015/16, a entidade trouxe algumas modificações em suas estimativas. Em relação às exportações, a perspectiva é que nesse ciclo, de fevereiro de 2016 a janeiro de 2017, os números fiquem em aproximadamente 18,3 milhões de toneladas. No acumulado do ano comercial, de fevereiro a dezembro, o volume embarcado está em 17,41 milhões de toneladas.

Exportações de milho - SECEX

Em contrapartida, as importações já ultrapassam até o momento 2,5 milhões de toneladas e têm como origem, especialmente Argentina e Paraguai. A projeção é a que a temporada chegue ao final com o um volume total importado de 2,7 milhões de toneladas.

O cenário também refletiu nos preços praticados no mercado doméstico. Nesta terça-feira, o valor caiu 4,06% em Assis (SP), com a saca a R$ 30,70. Em Uberlândia (MG), o valor também recuou, em torno de 2,78%, com a saca a R$ 35,00.

No Paraná, nas praças de Londrina, Cascavel e Ubiratã e também em Campo Grande (MS), a queda ficou em 1,75%, com a saca do cereal a R$ 28,00. Na região de Campinas (SP), a desvalorização ficou em 1,31%, com a saca a R$ 37,60. Em Mato Grosso, em Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis, o valor subiu 3,85%, com a saca a R$ 27,00.

Dólar

Já o dólar, importante componente na composição dos preços encerrou o dia a R$ 3,1986 na venda, com avanço de 0,06%. Segundo a Reuters, o dólar terminou o dia  praticamente estável em uma sessão marcada pela expectativa de ingresso de recursos e a alta da moeda no cenário internacional frente às divisas emergentes.

Bolsa de Chicago

No mercado internacional, os futuros do milho finalizaram o pregão desta terça-feira com ligeiras quedas, próximos da estabilidade. As principais posições do cereal exibiram leves perdas entre 1,25 e 1,75 pontos. O vencimento março/17 era cotado a US$ 3,58 por bushel, enquanto o maio/17 era negociado a US$ 3,65 por bushel.

Segundo dados reportados pela Reuters internacional, os participantes do mercado já se preparam para o próximo boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O boletim será divulgado nesta quinta-feira (12).

Os analistas ainda destacam que, o mercado segue sem grandes novidades no cenário fundamental. A safra da América do Sul continua sendo observada pelos investidores. Ainda nesta terça-feira, o USDA reportou a venda de 371,6 mil toneladas de milho. A primeira operação, de 130 mil toneladas, foi adquirida por Taiwan e deverá ser entregue ao longo da campanha 2016/17.

Já a segunda, de 241,6 mil toneladas de milho, foi comprada por destinos desconhecidos. Do total, 91,3 mil toneladas serão entregues na temporada 2016/17 e o restante, de 150,3 mil toneladas, no ciclo 2017/18. Nesta segunda-feira (9), o órgão divulgou a venda de 112,5 mil toneladas para destinos não revelados. O volume também será entregue na temporada 2016/17.

Confira como fecharam os preços nesta terça-feira:

>> MILHO

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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