Com recuo nas exportações semanais, milho fecha sessão desta 6ª feira em campo negativo na CBOT
A sessão desta sexta-feira (6) foi negativa aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). Após quatro dias seguidos de alta, os preços da commodity encerraram o pregão com desvalorizações entre 2,00 e 2,50 pontos. O contrato março/17 era cotado a US$ 3,58 por bushel, enquanto o maio/17 operava a US$ 3,65 por bushel. Já o julho/17 finalizou o dia a US$ 3,72 por bushel.
"As cotações de milho e soja caíram nesta sexta-feira sobre os sinais de enfraquecimento na demanda para os produtos norte-americanos", reportou a Reuters internacional. Mais cedo, a agência já havia destacado que os dados das vendas para exportação dos EUA foram decepcionantes.
De acordo com dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportados hoje, as vendas para exportação de milho, na semana encerrada no dia 29 de dezembro, ficaram em 429,2 mil toneladas. O volume ficou bem abaixo das apostas dos participantes do mercado, entre 650 mil toneladas e 1 milhão de toneladas.
Paralelamente, a agência ainda destacou que, o mercado encontra apoio nas expectativas de que os fundos de investimentos voltarão a comprar posições na próxima semana, ainda na tentativa de reequilibrar as carteiras para 2017. Ao longo dessa semana, as cotações já encontram suporte nas compras de posições.
Nesta quinta-feira, o mercado consolidou o quarto dia seguido de alta e atingiu os patamares mais altos das últimas três semanas. Já do lado fundamental, o mercado ainda segue sem novidades. A consolidação da safra na América do Sul continua no radar dos participantes do mercado.
Mercado brasileiro
Na bolsa brasileira, as cotações do milho finalizaram o pregão desta sexta-feira em campo negativo. As principais posições do cereal encerraram o dia com desvalorizações entre 0,23% e 1,20%. O janeiro/17 trabalhava a R$ 36,50 a saca e o março/17 a R$ 35,06 a saca. O setembro/17 era negociado a R$ 31,22 a saca.
As cotações acabaram refletindo a queda mais forte registrada no mercado internacional. Enquanto isso o dólar, outro importante componente de composição dos preços, finalizou a sessão a R$ 3,2218 na venda, com alta de 0,74%. Conforme dados da Reuters, a moeda reagiu aos dados de mercado de trabalho nos EUA, que reforçaram as perspectivas de juros mais altos no país.
Já no mercado interno, a semana ainda foi de ligeira oscilação aos preços do milho. Nesta sexta-feira, em Mato Grosso, as praças de Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis, subiram 4,00%, com a saca do cereal a R$ 26,00.
No Paraná, as localidades de Ubiratã, Londrina e Cascavel, recuaram 1,69%, com a saca a R$ 29,00. Em Campinas (SP), o dia também foi de queda, em torno de 1,30% e a saca a R$ 38,10 a saca. No Porto de Paranaguá, o preço futuro da safrinha (setembro/17) caiu 3,13%, com a saca a R$ 31,00. Nas demais praças pesquisadas pelo economista do Notícias Agrícolas, o dia foi de estabilidade.
Os analistas ainda ponderam que, os negócios permanecem lentos no mercado doméstico brasileiro. De um lado, os compradores ainda tentam forçar os preços para baixo em meio à proximidade da chegada da safra de verão ao mercado e que pode superar as 30 milhões de toneladas. E, de outro, os vendedores ainda estão mais cautelosos nos negócios.
Em algumas localidades do país, a colheita já teve início no Sul e no Centro-Oeste e em áreas irrigadas no Sudeste.
Confira como fecharam os preços nesta sexta-feira:
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