Diante da falta de novidades, milho tem semana de ligeira desvalorização na Bolsa de Chicago
A semana foi de ligeiras movimentações aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da commodity acumularam desvalorizações entre 0,66% e 0,90%, conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes. Nesta sexta-feira (16), os contratos do cereal caíram em torno de 0,25 pontos. O vencimento março/17 era cotado a US$ 3,56 por bushel, enquanto o maio/17 era negociado a US$ 3,63 por bushel. Já o julho/17 operava a US$ 3,70 por bushel.
O mercado ainda passa por um momento de falta de novas informações, conforme destacam os analistas. Os fundamentos do mercado já são conhecidos dos investidores, com isso, as cotações do cereal têm exibido leves oscilações nos últimos dias. O comportamento do dólar no cenário internacional e também a do petróleo contribuíram para as leves movimentações registradas recentemente.
Diante da safra americana já consolidada, os dados da demanda têm sido acompanhados de perto pelos investidores. Os embarques do cereal seguem firmes e na semana encerrada no dia 8 de dezembro totalizaram 1.540,100 milhão de toneladas.
Outro fator que segue no radar dos investidores é o andamento da safra na América do Sul. A expectativa é que a partir de 2017, as especulações sobre a nova safra norte-americana movimentem o mercado, ainda conforme destacam os analistas.
Mercado interno
No mercado doméstico, as cotações do milho recuaram ao longo dessa semana, conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes. Em Rio Verde (GO), a queda foi de 8,82%, com a saca do cereal a R$ 31,00. Já em Ponta Grossa (PR), a perda ficou em 6,94%, com a saca do grão a R$ 33,50. Em Mato Grosso, as praças de Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis, perderam 4%, com a saca a R$ 24,00.
Na localidade de Não-me-toque (RS), a saca fechou a semana a R$ 34,00, com desvalorização de 2,86%. Em Uberlândia (MG), a queda foi de 2,63%, com a saca a R$ 37,00. O recuo em Jataí (GO) ficou em 1,69%, com a saca a R$ 29,00. No Oeste da Bahia, a perda foi de 0,65% e a saca do milho cotada a R$ 38,50.
Em contrapartida, os preços subiram 2,86% no Porto de Paranaguá, com a saca a R$ 36,00. Em São Gabriel do Oeste (MS), a alta foi de 1,89%, com a saca a R$ 28,50, já em Campo Grande, ainda no estado, o ganho ficou em 1,75%, com a saca a R$ 29,00. Ainda em Campinas (SP), o valor subiu 1,31%, com a saca a R$ 38,60. Nas demais praças a semana foi de estabilidade.
Os analistas ainda destacam que, a semana foi marcada pelo baixo volume de negócios. Com a proximidade do final do ano, tanto os compradores, como os vendedores têm se ausentado do mercado. Com isso, a perspectiva é que as negociações voltem a ganhar ritmo a partir do início de 2017.
Do lado fundamental, é consenso entre os especialistas que, as exportações mais lentas e a perspectiva de uma boa safra de verão são fatores limitantes para os preços. Conforme dados reportados pelo Secex (Secretaria de Comercio Exterior) nos primeiros sete dias úteis de dezembro, as exportações do cereal do Brasil somaram 335,80 mil toneladas.
Para essa temporada, a perspectiva é que sejam embarcadas 18 milhões de toneladas do grão, ainda segundo última projeção da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). No acumulado entre fevereiro e novembro, os embarques somam 16,4 milhões de toneladas.
No caso da produção, a projeção é que sejam colhidas mais de 27 milhões de toneladas do cereal na safra de verão. Na safrinha, o volume pode chegar a 56,07 milhões de toneladas.
Enquanto isso, na bolsa brasileira, os preços futuros do milho recuaram nesta sexta-feira (16). As principais posições do cereal ampliaram as perdas ao longo do dia e finalizaram o pregão com quedas entre 0,24% e 1,09%. O vencimento janeiro/17 era cotado a R$ 38,87 a saca, enquanto o março/17 finalizou a sessão a R$ 37,11 a saca. Já o maio/17 operava a R$ 36,41 a saca.
Os preços recuaram apesar da alta registrada no dólar nesta sexta-feira. A moeda norte-americana fechou a sessão a R$ 3,3906 na venda, com leve ganho de 0,57%. De acordo com dados da Reuters, o câmbio foi pressionado por fluxo de saída e acompanhou o movimento no mercado internacional. Os investidores ainda acompanham o cenário político brasileiro.
Veja como fecharam os preços nesta sexta-feira:
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