Milho fecha sessão desta 3ª feira em campo positivo na CBOT com suporte da demanda
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho encerraram a sessão desta terça-feira (6) com leves altas. Após trabalhar dos dois lados da tabela, as principais posições do cereal exibiram valorizações entre 0,75 e 1,50 pontos. O vencimento dezembro/16 era cotado a US$ 3,51 por bushel, enquanto o março/17 era negociado a US$ 3,60 por bushel. O maio/17 finalizou o dia a US$ 3,67 por bushel.
Conforme dados divulgados pela Granoeste Corretora de Cereais, os preços ainda foram sustentados pelas informações vindas do lado da demanda. Ainda nesta terça-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou a venda de 276 mil toneladas do grão para a Coreia do Sul. O volume negociado deverá ser entregue na temporada 2016/17.
Do lado fundamental, não há novidades. A colheita norte-americana já foi finalizada e o número da produção deverá ser confirmado no próximo boletim de oferta e demanda do USDA, que será anunciado na próxima sexta-feira (9). Em seu último relatório, a safra foi estimada em mais de 386 milhões de toneladas.
A expectativa, por parte dos analistas, é que o mercado volte a ficar mais movimentado no início do próximo ano, quando começam as especulações para a nova temporada nos EUA. Enquanto isso, os participantes do mercado ainda acompanhar a evolução da safra na América do Sul.
Mercado brasileiro
Apesar do recuo registrado no dólar, as cotações futuras do milho praticadas na BM&F Bovespa tiveram uma sessão positiva. Nesta terça-feira (6), as principais posições da commodity apresentaram ganhos entre 0,27% e 1,31%. O contrato janeiro/17 era cotado a R$ 38,75 a saca e o março/17 a R$ 38,66 a saca. O setembro/17 também subiu e encerrou o dia a R$ 33,79 a saca.
Por sua vez, a moeda norte-americana caiu 0,37% e finalizou o pregão a R$ 3,4166 na venda. A agência Reuters reportou que, a queda é reflexo do alívio por parte dos investidores frente ao cenário político, após a mesa do Senado se recusar em aceitar a liminar que afastava Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência da casa.
Já no mercado doméstico, a terça-feira foi de ligeira movimentação aos preços do milho. De acordo com levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em Não-me-toque (RS), o valor caiu 2,78%, com a saca a R$ 35,00. Em Panambi, ainda no estado gaúcho, a perda foi de 2,67% e a saca fechou o dia a R$ 35,04.
No Oeste da Bahia, a cotação também cedeu, cerca de 2,50%, com a saca do milho a R$ 39,00. Nas demais praças pesquisadas o dia foi de estabilidade aos preços. No Porto de Paranaguá, a saca permaneceu inalterada em R$ 34,00.
Segundo dados reportados pelo Cepea essa semana, "o recuo de compradores no mercado spot e o baixo ritmo das exportações seguem pressionando as cotações internas do milho, que registram os menores patamares do ano em muitas regiões". O centro ainda reforça que, diante desse cenário, os vendedores já estão mais flexíveis em relação aos preços de negociação.
Além disso, o diferencial entre o preço internacional e o praticado no mercado interno também contribui para pressionar as cotações, ainda conforme dados do Cepea. O quadro tem reduzido a competitividade do produto brasileiro no mercado externo, ao mesmo tempo em que, favorece as importações.
Paralelamente, a safra de verão tem caminhado bem até esse momento. Em seu último levantamento, a consultoria INTL FCStone estimou a 1ª safra do grão em 29,4 milhões de toneladas nesta temporada.
Confira como fecharam os preços nesta terça-feira:
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