Em véspera de feriado nos EUA, milho tem dia de estabilidade com vendas especulativas e alta do dólar
Em véspera de feriado nos Estados Unidos, em comemoração ao Dia de Ação de Graças, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) tiveram um dia de volatilidade. Após operar em grande parte do pregão em campo negativo, as cotações fecharam o dia próximas da estabilidade, com leves ganhos entre 0,25 e 0,75 pontos. O vencimento dezembro/16 era cotado a US$ 3,50 por bushel, enquanto o março/17 era negociado a US$ 3,59 por bushel.
Segundo dados das agências internacionais, o mercado esboçou ligeira reação antes do feriado desta quinta-feira (24) e da alta do dólar no mercado internacional. O fator acaba tornando as commodities norte-americanas menos atraentes no mercado mundial. Mais cedo, as cotações cederam com um movimento de vendas especulativas, conforme dados divulgados pela Granoeste Corretora de Cereais.
"O dólar americano continua forte e tirando as elevações recentes. Esta será uma preocupação permanente se a moeda permanece valorizada ou pode se tornar ainda mais forte mais adiante", disse Stephen Pridel em Benson Quinn Commodities, em entrevista ao Agrimoney.com.
Paralelamente, as previsões de um clima favorável na América do Sul também contribuem para a formação desse cenário. "Os investidores ainda esperam o boletim de vendas para exportação, que será reportado na próxima sexta-feira (25), para um direcionamento nos preços", destacou a Reuters internacional.
E os fundamentos do mercado já são conhecidos, com isso, apesar da demanda, que fornece algum apoio, a grande oferta americana e os estoques elevados ainda pesam sobre os preços, conforme ponderam os analistas. Os produtores americanos caminham para a finalização da colheita com perspectiva de uma produção de mais de 386 milhões de toneladas.
Produção de etanol nos EUA
Ainda nesta quarta-feira, a AIE (Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos), estimou a produção de etanol no país em 1,014 milhão de barris diários na semana encerrada no dia 18 de novembro. O número ficou abaixo do registrado na semana anterior, de 1,017 milhão de barris diários. Já os estoques, passaram de 18,6 para 19 barris diários no mesmo período.
Mercado brasileiro
Depois das ligeiras altas registradas no dia anterior, as cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa encerraram a sessão desta quarta-feira (23) em terreno misto. O vencimento janeiro/17 caiu 0,34% e fechou o pregão a R$ 37,65 a saca. O setembro/17 também recuou e terminou o dia a R$ 33,53 a saca, com perda de 0,12%. Já as posições março/17 e maio/17 finalizaram a sessão com leves altas, negociados a R$ 37,72 a saca a R$ 36,60 a saca, respectivamente.
Por outro lado, o dólar, um dos pilares na composição dos preços, fechou o dia a R$ 3,3940 na venda, com alta de 1,12%. De acordo com dados reportados pela agência Reuters, a moeda foi impulsionada por indicadores da economia dos EUA que reforçaram a perspectiva de uma elevação na taxa de juros no país. Além disso, a ausência da atuação do Banco Central brasileiro no mercado também ajudou na sustentação do câmbio.
Já no mercado interno, não há novidades, e diante dos fatores já conhecidos, o bom encaminhamento da safra de verão e da redução das exportações, os preços seguem sem mudanças significativas. Nesta quarta-feira, o preço subiu 8,33% na região de Tangará da Serra (MT), com a saca a R$ 26,00. Ainda no estado, na localidade de Campo Novo do Parecis, a valorização ficou em 6,25%, com a saca a R$ 25,50.
Na região de São Gabriel do Oeste (MS), a alta foi de 1,79%, com a saca a R$ 28,50. Porém, em Uberlândia (MG), a cotação do cereal cedeu 2,56%, com a saca a R$ 38,00.No Porto de Paranaguá, mais um dia de estabilidade, com a saca do grão a R$ 33,00. As informações fazem parte do levantamento realizado diariamente pela equipe do Notícias Agrícolas.
O plantio da safra de verão caminha para a finalização e, até o momento, a perspectiva é favorável para essa temporada. Cerca de 4,152 milhões de hectares deverão ser semeados nesta temporada. Os produtores esperam colher mais de 30 milhões de toneladas de milho.
Confira como fecharam os preços nesta quarta-feira:
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