Em Chicago, milho testa ligeira recuperação e encerra o pregão desta 5ª feira com leves altas
Depois das fortes quedas, as cotações futuras do milho encerraram o dia com ganhos entre 2,00 e 2,75 pontos na Bolsa de Chicago (CBOT). A sessão desta quinta-feira (10) foi marcada pela volatilidade. O dezembro/16 fechou o dia a US$ 3,43 por bushel, enquanto o março/17 era negociado a US$ 3,52 por bushel.
Ao longo do pregão, as cotações do cereal esboçaram uma reação após as desvalorizações recentes. Para o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, destaca que, as cotações deverão apresentar pequenas oscilações até o encerramento da colheita nos EUA, o que já pode ser reportado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na próxima semana. "Depois deveremos acompanhar uma retração nas vendas por parte dos produtores americanos", completa.
Com isso, os preços podem buscar novos patamares, como o de US$ 4,00 por bushel, segundo acredita Brandalizze. "Nos atuais patamares praticados, os produtores norte-americanos não conseguem cobrir os custos de produção", completa.
Ainda nesta quinta-feira, o USDA divulgou novo boletim de vendas para exportação. Na semana encerrada no dia 3 de novembro, as vendas de milho ficaram em 1.233,8 milhão de toneladas, dentro do esperado, já que as expectativas do mercado variavam entre 1,1 milhão e 1,450 milhão de toneladas. O departamento ainda reportou a venda de 140 mil toneladas do cereal para a Arábia Saudita, o volume será entregue na temporada 2016/17.
BM&F Bovespa
Após seis dias consecutivos de quedas, os futuros do milho negociados na BM&F Bovespa encerraram a sessão desta quinta-feira (10) em campo positivo. As principais posições do cereal exibiram valorizações entre 0,16% e 2,29%. O vencimento janeiro/17 era cotado a R$ 38,50 a saca e o março/17 a R$ 36,80 a saca. Apenas o novembro/16 apresentou leve queda, de 0,10%, negociado a R$ 39,25 a saca.
Segundo destaca o analista de mercado da Labhoro Corretora, Tiago Delano, os preços foram influenciados pela forte alta registrada no dólar. A moeda norte-americana subiu mais de 4,5% e encerrou o dia a R$ 3,3614 na venda. Conforme dados da Reuters, o câmbio foi impulsionado pelo forte movimento de aversão ao risco devido à vitória de Donald Trump na eleição presidencial nos EUA e a ausência do Banco Central brasileiro no mercado. Do mesmo modo, as preocupações sobre o futuro político do presidente Michel Temer também contribuiu para o cenário.
Porém, ao longo da manhã desta quinta-feira, as cotações foram pressionadas pelas novas projeções trazidas pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). A entidade revisou para cima as projeções para as importações de milho, que deverão ficar próximas de 2,2 milhões de toneladas até o final de janeiro de 2017.
"Os estoques finais da safra 2015/16 também subiram para 7,3 milhões de toneladas. Em contrapartida, as exportações nesta temporada recuaram de 20 milhões para 18,5 milhões de toneladas. Então, todos esses fatores foram baixistas para o mercado e contribuíram para pressionar os valores", destaca Delano.
Ainda conforme projeções da Conab, os produtores brasileiros deverão colher cerca de 27,05 milhões a 28,5 milhões de toneladas de milho na safra de verão. No caso da segunda safra, a perspectiva é de 56,07 milhões de toneladas.
Mercado interno
Apesar da explosão do dólar, os preços no mercado interno permaneceram praticamente inalterados nesta quinta-feira (10), de acordo com levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas. Em Mato Grosso, nas praças de Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis, os preços cederam 3,85% e a saca fechou o dia a 25,00.
Na região de Assis (SP), a alta foi de 4,67%, com a saca a R$ 32,72 e no Porto de Paranaguá, a valorização foi de 3,33%, com a saca a R$ 33,00. "Os negócios continuam lentos no mercado brasileiro e temos acompanhado somente algumas vendas da operação limpa armazém, especialmente no estado de Mato Grosso", explica o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.
Confira como fecharam os preços nesta quinta-feira:
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