No Brasil, milho recua até 6% na semana com queda de braços entre compradores e vendedores

Publicado em 28/10/2016 17:06

Em grande parte das praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas, a semana foi negativa aos preços do milho. Em Londrina (PR), o preço cedeu 6,06%, com a saca a R$ 31,00. Na região de São Gabriel do Oeste (MS), o valor também caiu 6,06%, com a saca a R$ 31,00. Em Ubiratã e Cascavel, ainda no estado paranaense, a queda foi de 4,62%, com a saca do cereal a R$ 31,00.

Em Mato Grosso, as praças de Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis, registraram perda de 3,57%, com a saca R$ 27,00. Na região de Não-me-toque (RS), o recuo ficou em 2,56%, com a saca a R$ 38,00. No Oeste da Bahia, a queda foi de 1,15%, com a saca do milho a R$ 43,00. Em Avaré (SP), a alta ficou em 2,15%, com a saca a R$ 35,66. No Porto de Paranaguá, a alta foi de 3,13%, com a saca a R$ 33,00.

"Temos no mercado interno do milho uma queda de braços entre compradores e vendedores. Quando as cotações recuam, as origens somem e quando os preços sobem, os compradores se retraem. Com isso, temos visto ligeiras movimentações para cima e para baixo, entre R$ 1,00 a R$ 3,00 a saca", explica o consultor em agronegócio, Ênio Fernandes.

Ainda assim, o especialista pondera que, o quadro entre a oferta e a demanda permanece ajustado. E, os estoques de passagem estão próximos de 5 milhões de toneladas, conforme os números oficiais. "Ainda sou otimista ao mercado de milho, especialmente nos meses de janeiro e fevereiro, já que a safra de verão só deve chegar ao mercado a partir do mês de março", destaca Fernandes.

Paralelamente, ainda é preciso acompanhar o desenvolvimento da safra de verão, conforme reforça o consultor. "Se tivermos problemas com o La Niña, com menor volume de chuvas no Sul do país, e uma possível quebra na produção teremos um mercado mais nervoso. Só deveremos ter um equilíbrio maior com a chegada da safrinha", completa.

Dólar

O câmbio fechou a sexta-feira (28) com alta de 1,3%, cotado a R$ 3,1965 na venda. Segundo a Reuters, a moeda intensificou o movimento positivo após o reporte do FBI que abriu nova investigação sobre emails de Hillary Clinton, candidata à presidência dos EUA, informação que pode manchar a sua candidatura.

Porém, o dólar já subia ao longo do dia diante do crescimento mais forte na economia americana, ampliando as apostas do aumento da taxa de juros no país. Do mesmo modo, a proximidade da formação da Ptax também pesou. Na semana, o câmbio subiu 1,14%.

Bolsa de Chicago

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços futuros do milho fecharam a semana com leves altas entre 0,28% e 0,71%. Nesta sexta-feira (28), os contratos exibiram perdas entre 2,50 e 3,00 pontos. O vencimento dezembro/16 era cotado a US$ 3,55 por bushel, enquanto o março/17 era negociado a US$ 3,63. O maio/17 encerrou o pregão a US$ 3,70 por bushel.

"O mercado tem sido direcionado por outras commodities, como a soja. No caso do milho, temos uma grande oferta nos EUA e a demanda está firme, mas ainda não é excelente", afirma Fernandes.

"O milho seguiu a soja em grande parte do dia, pois faltam notícias da demanda. A previsão para o final de semana é de clima firme, o que deve permitir o avanço nos trabalhos nos campos. E os agricultores continuam a relatar grandes rendimentos", disse Bob Burgdorfer, editor e analista de mercado do portal Farm Futures.

Até o momento cerca de 61% da área cultivada já foi colhida no país, segundo dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Já as vendas semanais recuaram e ficaram em 799,300 mil toneladas, na semana encerrada no dia 20 de outubro, contra as expectativas dos investidores de 900 mil a 1.250 milhão de toneladas.

Confira como fecharam os preços nesta sexta-feira:

>> MILHO

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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