Após perdas recentes, milho esboça ligeira alta na manhã desta 5ª feira na Bolsa de Chicago
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a sessão desta quinta-feira (13) com ligeiras altas, próximas da estabilidade. O vencimento dezembro/16 era cotado a US$ 3,37 por bushel, enquanto o março/17 operava a US$ 3,47 por bushel, próximo das 7h31 (horário de Brasília).
O mercado esboça uma tímida reação depois das perdas mais fortes registradas no dia anterior. Nesta quarta-feira, os contratos da commodity recuaram mais de 8 pontos no mercado internacional, reflexo dos novos números trazidos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em seu novo reporte mensal de oferta e demanda.
Assim como esperado pelos investidores, o departamento revisou para baixo a projeção da safra dos EUA de 383,38 milhões para 382,48 milhões de toneladas. A produtividade das lavouras americanas também apresentou leve recuo e passou de 184,57 sacas para 183,52 sacas de milho por hectare.
Para a produção mundial, o USDA também trouxe algumas alterações. A safra foi estimada em 1.025,69 bilhões de toneladas, contra as 1.026,61 bilhões de toneladas do boletim de setembro. No caso dos estoques finais, o número ficou em 216,81 milhões de toneladas. No relatório anterior o número era de 219,46 milhões de toneladas. Apesar das revisões, a leitura dos investidores ainda é de uma grande safra.
Além disso, a colheita no Meio-Oeste americano permanece no radar dos investidores. Até o início dessa semana, cerca de 35% da área já havia sido colhida, contra os 24% registrados na semana anterior. No mesmo período do ano passado, o índice era de 38%. Outro fator que continua em foco é a demanda pelo produto americano, que segue aquecida.
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Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Com relatório do USDA, preços do milho registram perdas na Bolsa de Chicago nesta 4ª feira
Por Sandy Quintans
Nesta quarta-feira (12), as cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o dia com perdas nos principais vencimentos. O mercado trabalhou com ligeras altas em todo o pregão à espera do relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que foi divulgado na tarde de hoje.
Diante da virada nas cotações, o vencimento dezembro/16 teve perdas de 8,50 pontos e cotado a US$ 3,37 por bushel. O contrato março/17 anotou desvalorizações de 8,25 pontos e negociação de US$ 3,47 por bushel. Já maio/17 encerra o dia valendo US$ 3,53 por bushel, após registrar baixas de 8 pontos, assim como julho/17 que fecha a US$ 3,68 por bushel.
No relatório de hoje, o USDA revisou para baixo os números de produtividade da safra norte-americana, que devem passar de 184,57 sacas para 183,52 sacas por hectare, dentro das expectativas do mercado. Com isso, a produção passa a ser estimada em 382,48 milhões de toneladas.
Para as exportações, também houve revisão pelo departamento, que passou de 55,25 milhões para 56,52 milhões de toneladas, reduzindo os estoques norte-americanos para 58,94 milhões de toneladas. Apesar das modificações, os dados ficaram dentro das expectativas de mercado.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o analista de mercado da Société Générale, Stefan Tomkiw, aponta que não houve surpresa alguma no mercado em relação aos números divulgados no reporte de hoje. Com isso, a tendência segue de pressão nas cotações futuras do milho no cenário internacional, por pelo menos as duas próximas semanas.
Informações de sites internacionais apontam que os dados de colheita da safra norte-americana também tem contribuido para a formação dos preços em Chicago. Com as chuvas acima da média nas regiões produtoras dos EUA houve um ligeiro atraso, com registros de dificuldades na região norte de Illinois e pouco avanço no Iowa.
Na tarde de ontem, o USDA também divulgou relatório com dados da colheita dos Estados Unidos, que ficou ligeiramente abaixo ao ano passado. Porém, dentro das expectativas do mercado, diante das previsões de chuvas. Com isso, a colheita do milho evoluiu de 24% para 35%.
Em decorrência do feriado de Nossa Senhora Aparecida no Brasil, não houve negociações na BM&F para os futuros do milho, nem nas praças de comercialização. Veja as informações do mercado interno da terça-feira, por Fernanda Custódio:
Mercado brasileiro
Na BM&F Bovespa, as principais posições do milho encerraram o pregão desta terça-feira (11) do lado positivo da tabela. As primeiras posições acumularam valorizações entre 0,25% e 1,14%. O novembro/16 era cotado a R$ 43,47 a saca e o janeiro/17 a R$ 43,59 a saca. Apenas o setembro/17 recuou 0,29%, cotado a R$ 33,80 a saca.
No mercado brasileiro, o dia também foi bem lento em virtude do feriado desta quarta-feira (12). Segundo levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, em Avaré (SP) o preço caiu 7,32%, com a saca a R$ 37,12. No Porto de Paranaguá, a cotação permaneceu estável em R$ 33,00, assim como nas demais praças pesquisadas.
Os especialistas ainda reforçam que os preços ainda buscam um posicionamento. O cenário apertado entre oferta e demanda continua a ser um fator positivo aos preços. Porém, a recente decisão da CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) em aprovar o uso de três variedades transgênicas dos Estados Unidos no Brasil pode contribuir as importações brasileiras.
Além desses fatores, os participantes do mercado permanecem atentos à primeira safra no país. Na contramão de anos anteriores, os preços mais altos estimularam o retorno dos investimentos na cultura na primeira safra. As projeções indicam um crescimento de 10% na área e uma safra próxima de 30 milhões de toneladas.
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