Na CBOT, milho ainda segue focado no andamento da colheita nos EUA, mas reduz perdas nesta 6ª feira
Durante a sessão desta sexta-feira (23), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) reduziram as quedas. Por volta das 12h12 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam desvalorizações entre 1,25 e 1,50 pontos. O contrato dezembro/16 era cotado a US$ 3,35 por bushel e o março/17 a US$ 3,45 por bushel.
Os analistas ainda ponderam que, o mercado segue pressionado pelo avanço da colheita em alguns pontos no Meio-Oeste americano. Porém, os preços já recuaram bastante e se aproximaram do patamar de resistência, de US$ 3,30 por bushel, conforme informou o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze em entrevista ao Notícias Agrícolas.
No caso da colheita, até o início dessa semana, em torno de 9% da área plantada no país havia sido colheita, de acordo com dados oficiais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O número está abaixo da média dos últimos anos, de 12%. O órgão atualiza os dados na próxima segunda-feira (26).
Clima nos EUA
Algumas regiões do Meio-Oeste do país permanecem com chuvas. "Minnesota, Wisconsin e norte de Iowa receberam chuvas fortes nos últimos dois dias, com quantidades próximas de 203 a 254 mm", disse Benson Quinn Commodities, em entrevista ao Agrimoney.com. Inclusive, há relatos de enchentes no sul de Minnesota.
Em contrapartida, em outras localidades, o clima melhorou e permitiu que os agricultores dessem continuidade a colheita. "A colheita tem corrido normalmente em Dakota do Norte, Dakota do Sul, Nebraska e metade oriental do cinturão de milho", completa Benson Quinn Commodities.
BM&F Bovespa
Nesta sexta-feira (23), os futuros do milho negociados na BM&F Bovespa operam em campo misto. Às 12h20 (horário de Brasília), as primeiras posições apresentavam perdas entre 0,42% e 0,94%, com o novembro/16 cotado a R$ 40,61 a saca. As posições mais longas apresentavam leve alta, com o março/17 a R$ 39,70 a saca e ganho de 0,25%.
Além da influência de Chicago, os preços ainda acompanham a movimentação cambial. Ainda hoje, a moeda norte-americana era cotada a R$ 3,2273 na venda, com valorização de 0,05%, por volta das 12h00 (horário de Brasília). Segundo o site G1, os operadores ainda reagem à perspectiva de aumento gradual na taxa de juros nos EUA, por parte do Banco Central americano, Federal Reserve.
Em relação ao banco central brasileiro, a aposta é que a entidade reduza o espaço para atuação por meio de swaps cambiais.
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