Milho: Safra americana permanece em foco e mercado inicia 5ª feira perto da estabilidade na CBOT
Na Bolsa de Chicago (CBOT), as cotações futuras do milho iniciaram a sessão desta quinta-feira (22) com leves quedas, próximas da estabilidade. Às 8h15 (horário de Brasília), as principais posições do cereal testavam perdas entre 0,50 e 1,00 pontos. O vencimento dezembro/16 era cotado a US$ 3,39 por bushel, enquanto o março/17 trabalhava a US$ 3,49 por bushel. Apenas o setembro/17 exibia ligeira alta, de 1 ponto, negociado a US$ 3,71 por bushel.
As agências internacionais reportam que, os participantes do mercado continuam acompanhando as previsões climáticas para o Meio-Oeste americano e o andamento da colheita. Diante das chuvas recentes, e das previsões ainda indicando precipitações em alguns estados, o ritmo dos trabalhos nos campos está mais lento. Até o início da semana, a colheita estava completa em 9% da área plantada, conforme apontam os números oficiais.
"O que está ajudando os preços é que os resultados da colheita, até o momento, geram algumas dúvidas de que a safra americana virá em linha com o indicado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no início do mês", informou o site internacional Agrimoney.com.
Em setembro, o órgão indicou a produção de milho dos EUA em 383,38 milhões de toneladas na safra 2016/17. Já a produtividade média das lavouras foi estimada em 184,57 sacas do grão por hectare.
Ainda hoje, o departamento traz novo boletim de vendas para exportação, importante indicador de demanda. Na última semana, o número ficou em 724,6 mil toneladas, abaixo das estimativas dos investidores.
Confira como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Milho: Em ajustes técnicos, mercado encerra pregão desta 4ª feira próximo da estabilidade na Bolsa de Chicago
Após três dias consecutivos de valorização, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) finalizaram a quarta-feira (21) em campo negativo. As principais posições do cereal exibiram ligeiras quedas, entre 0,50 e 1,00 pontos e, encerraram a sessão próximas da estabilidade. O contrato dezembro/16 era cotado a US$ 3,40 por bushel, enquanto o março/17 era negociado a US$ 3,50 por bushel. O maio/17 fechou o pregão a US$ 3,57 por bushel.
De acordo com informações das agências internacionais, o mercado passou por ajustes depois das recentes altas. Além disso, os participantes do mercado também aguardavam o término da reunião do Federal Reserve, banco central americano, que manteve a taxa de juros nos Estados Unidos. Porém, a entidade sinalizou que ainda pode elevar a taxa até o final desse ano em meio à melhora do mercado de trabalho.
"Julgamos que o cenário de um aumento reforçou, mas decidimos no momento esperar" disse Janet Yellen, chair do Fed após a divulgação da decisão e conforme informou a agência Reuters. "A economia tem um pouco de mais espaço para crescer", completa.
Além disso, as chuvas no Meio-Oeste dos EUA também continuam no radar dos participantes do mercado. "As perspectivas de fortes chuvas através de regiões do norte do Corn Belt ao longo dos próximos 4 a 5 dias merece alguma consideração", afirmou Brian Henry, em Benson Quinn Commodities, em entrevista ao Agrimoney.com.
Inclusive, esse foi um dos fatores de sustentação aos preços do cereal no início dessa semana. Segundo dados reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) até o último domingo, a colheita já estava completa em 9% da área cultivada nesta temporada. O índice divulgado ficou abaixo do esperado pelo mercado, de 11% e da média dos últimos anos, de 12%.
Produção de etanol nos EUA
Segundo dados da AIE (Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos), a produção caiu de 1,004 milhão de barris por dia para 981 mil barris por dia na semana encerrada no dia 16 de setembro. Os estoques de etanol recuaram de 20,2 para 20,0 barris diários no mesmo período.
Mercado brasileiro
Na BM&F Bovespa, as cotações futuras do milho encerraram a sessão desta quarta-feira (21) do lado negativo da tabela. As principais posições da commodity exibiram perdas entre 0,61% e 1,62%. O vencimento novembro/16 era cotado a R$ 41,10 a saca e o janeiro/17 a R$ 41,42 a saca. O março/17 fechou o dia a R$ 40,75 a saca.
Mais uma vez, as cotações acompanharam a movimentação do câmbio. A moeda norte-americana fechou o dia a R$ 3,2114 na venda, com queda de 1,52%. Menor patamar desde 8 de setembro, quando o dólar chegou a R$ 3,2104. Ainda conforme dados da Reuters, a moeda foi influenciada pela decisão do Federal Reserve.
Enquanto isso, no mercado interno, o dia também foi de ligeira movimentação aos preços do cereal. Em Tangará da Serra (MT), o valor subiu 9,62%, com a saca a R$ 28,50. Já em Campo Novo do Parecis (MT), a alta foi de 7,69%, com a saca a R$ 28,00.
Na contramão desse cenário, o preço caiu 16,66% em Avaré (SP), com a saca a R$ 29,31. Em Barretos (SP), o recuo foi de 12,83%, com a saca a R$ 33,21. Em Panambi (RS), a desvalorização foi de 2,49%, com a saca a R$ 40,02, e em Não-me-toque (RS), a queda ficou em 2,44%, com a saca a R$ 40,00. Na região de Uberlândia (MG), a perda foi de 2,25%, com a saca a R$ 43,50. No Porto de Paranaguá, o valor caiu 3,03%, com a saca do milho a R$ 32,00.
"As negociações do milho continuam em ritmo lento ou quase paradas no mercado interno", disse o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze. Isso porque, os grandes consumidores ainda se abastecem com produto vindo do Paraguai e da Argentina.
Paralelamente, as atenções também permanecem voltadas para a safra de verão. No Sul do Brasil, os produtores seguem com o plantio da primeira safra e não há preocupações, até o momento, com o clima. Ainda segundo reforça o consultor de mercado, as chuvas dos últimos dias também contribuem para a semeadura do cereal no Sudeste.
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