Milho: De olho na safra dos EUA, mercado amplia perdas ao longo da sessão desta 3ª feira em Chicago
Durante o pregão desta terça-feira (13), as principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) ampliaram as perdas. Por volta das 12h26 (horário de Brasília), os vencimentos do cereal exibiam perdas entre 5,75 e 6,75 pontos. O contrato dezembro/16 era cotado a US$ 3,32 por bushel, enquanto o maio/17 era negociado a US$ 3,50 por bushel.
O foco dos participantes do mercado permanece nos números de oferta e demanda reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), conforme ponderam as agências internacionais. A safra dos EUA foi estimada em 383,38 milhões de toneladas, contra as 384,91 milhões de toneladas. "Houve redução, porém, menos do que o previsto", disse o editor e analista de mercado da Farm Futures, Bryce Knorr.
Enquanto isso, a produtividade média das lavouras foi estimada em 184,57 sacas do grão por hectare. Em agosto, o rendimento foi projetado em 185,32 sacas por hectare. Ainda assim, os investidores ainda aguardam a confirmação desses números em meio ao avanço da colheita de milho no país. No final da tarde de ontem, o departamento americano informou que cerca de 5% da área cultivada nesta safra já foi colhida.
"A variabilidade é um tema em pauta para os produtores, tanto de campo para campo e até mesmo dentro da mesma área. Isso torna difícil ter uma perspectiva sobre os rendimentos até que os resultados reais das colheitadeiras entrem", informou o site Farm Futures.
"Nós ainda esperamos que os preços de milho e soja encontrem seus pontos mais baixos ao longo das próximas semanas, com o avanço da colheita nos Estados Unidos", informou o Rabobank. O banco ainda reportou que, "seria necessária uma produtividade bem abaixo de 179,92 sacas por hectare para justificar um aumento nas cotações para US$ 4,00 por bushel".
BM&F Bovespa
Apesar da forte queda em Chicago, as cotações futuras do milho operam com leves perdas na BM&F Bovespa nesta terça-feira (13). As principais posições da commodity exibiam desvalorizações entre 0,21% e 0,48%, por volta das 12h34 (horário de Brasília). A referência para a safrinha, contrato setembro/16, era cotado a R$ 42,12 a saca. Apenas o novembro/16 trabalhava com leve alta, de 0,096%, negociado a R$ 42,79 a saca.
Por outro lado, o dólar opera com forte alta nesta terça-feira. Às 12h19 (horário de Brasília), a moeda norte-americana subia 1,92%, cotada a R$ 3,3115 na venda. Segundo dados do site G1, o câmbio reage ao anúncio do pacote do governo que deve prever leilões para concessões na área de infraestrutura, transporte e saneamento, além da privatização de ativos, principalmente no setor elétrico.
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