Milho: Mercado mantém tom negativo em Chicago nesta 5ª feira com foco da safra americana
As principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) mantêm o tom negativo no pregão desta quinta-feira (25). Os vencimentos do cereal exibiam perdas entre 2,00 e 2,25 pontos, por volta das 12h56 (horário de Brasília). O vencimento setembro/16 era cotado a US$ 3,25 por bushel, enquanto o dezembro/16 trabalhava a US$ 3,34 por bushel.
Os participantes do mercado ainda acompanham a finalização da safra 2016/17 norte-americana. As estimativas oficiais apontam para uma produção recorde nesta temporada, podendo superar as 384 milhões de toneladas, uma vez que, o clima foi favorável ao desenvolvimento da cultura em grande parte do Meio-Oeste do país e 75% das plantações ainda permanecem em boas ou excelentes condições.
Ainda assim, as informações reportadas pelo Crop Tour Pro Farmer tem indicado um rendimento médio abaixo das máximas estimadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). "Observações do Crop Tour sugerem que os rendimentos, em algumas localidades do Meio-Oeste, poderão ser menores do que as previsões oficiais atuais", disse Tobin Gorey do Commonwealth Bank of Australia, em entrevista ao site Agrimoney.
Os participantes do mercado ainda aguardam as informações vindas do lado demanda que, segundo os analistas, têm contribuído para limitar as perdas mais fortes nos preços. Em relação às vendas para exportação, o USDA apontou as vendas de milho da safra velha em 71,10 mil toneladas do cereal e da safra nova em 1.059,9 milhão de toneladas, na semana encerrada no dia 18 de agosto.
BM&F Bovespa
Na BM&F Bovespa, a sessão também é negativa aos preços do milho. Por volta das 12h41 (horário de Brasília), as principais posições do cereal testavam perdas entre 1,60% e 1,97%. O vencimento setembro/16 era cotado a R$ 42,58 a saca e o novembro/16 a R$ 42,80 a saca.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Milho: De olho na safra americana, mercado consolida 3º dia consecutivo de queda na Bolsa de Chicago
Pelo terceiro dia seguido, as cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram em queda. No pregão desta quarta-feira (24), as principais posições do cereal até esboçaram uma reação, porém, o movimento não foi sustentado e as cotações exibiram perdas de 1 ponto no final do dia. O vencimento setembro/16 era cotado a US$ 3,27 por bushel, enquanto o dezembro/16 era negociado a US$ 3,36 por bushel. Já o março/17 finalizou a sessão a US$ 3,46 por bushel.
As perspectivas de uma grande safra nos Estados Unidos ainda continuam como um fator negativo aos preços do cereal no mercado internacional. Conforme última projeção do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), os produtores norte-americanos deverão colher mais de 384 milhões de toneladas e já há rumores de que o número possa chegar a 390 milhões de toneladas.
Contudo, apesar do cenário positivo, as agências internacionais destacam que os números podem estar superestimados. "Em um tour anual pelo cinturão produtor de milho nos EUA os participantes estão encontrando evidências de que as recentes estimativas, de uma safra recorde, podem ser exageradas e que o tempo um pouco mais quente tem prejudicado a safra", reportou o site internacional Bloomberg.
"As inspeções de campo em Nebraska, terceiro maior produtor de milho dos EUA, das 258 amostras coletadas, o rendimento médio ficou em 167,85 sacas por hectare, uma queda de 4% em relação ao ano passado. Já a estimativa do USDA é de uma produtividade em 197,92 sacas por hectare. Os dados também apontam que, as espigas têm média 17 cm, abaixo do registrado em 2015, de 18,19 cm", informou a Bloomberg.
Segundo dados do Crop Tour Pro Farmer, um dos mais tradicionais do país, o rendimento médio das lavouras deverá ficar próximo de 157,7 sacas por hectare em Ohio, contra as 172,52 sacas por hectare projetadas pelo departamento norte-americano.
Em Dakota do Sul, o rendimento médio esperado é de 158,55 sacas do cereal por hectare, já a média do ano passado é de 175,57 sacas por hectare e a média dos últimos anos, de 169,45 sacas por hectare.
Contudo, assim como na soja, a demanda permanece no radar dos investidores. Ainda hoje, o USDA reportou a venda de 101,6 mil toneladas do grão para destinos desconhecidos. O volume negociado deverá ser entregue na temporada 2016/17.
Mercado interno
No Brasil, as cotações permaneceram estáveis em grande parte das praças pesquisadas pela equipe do Notícias Agrícolas. Em Avaré (SP), a alta foi de 3,83%, com a saca do cereal a R$ 39,56. Já no Porto de Paranaguá, o preço subiu 1,54% e a saca fechou o dia a R$ 33,00.
A queda de braços entre os compradores e os vendedores continua a deixar os negócios lentos no mercado doméstico. Além disso, os investidores ainda acompanham as informações sobre importações de milho e também sobre as exportações.
Ainda hoje, as principais posições do milho negociadas na BM&F Bovespa, fecharam o dia em campo negativo. Os contratos do cereal exibiram perdas entre 0,24% e 1,24%. O setembro/16, referência para a safrinha, era cotado a R$ 43,01 a saca.
Além de Chicago, a queda do dólar também pesa sobre os preços praticados na bolsa brasileira. A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,2229 na venda, com perda de 0,33% nesta quarta-feira. Segundo a Reuters, a movimentação é decorrente da cautela adotada pelos investidores antes do discurso da chair do Federal Reserve, que será feito na próxima sexta-feira, e das preocupações com a capacidade do governo brasileiro em avançar com o ajuste fiscal no Congresso Nacional.
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