Milho: Após perdas recentes, mercado testa tímida reação no pregão desta 6ª feira na Bolsa de Chicago
Na manhã desta sexta-feira (5), as cotações futuras do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) operam com leves altas. As principais posições do cereal exibiam valorizações entre 1,00 e 1,50 pontos, por volta das 7h32 (horário de Brasília). O contrato setembro/16 era cotado a US$ 3,21 por bushel, enquanto o dezembro/16 era negociado a US$ 3,32 por bushel.
Os vencimentos da commodity testam uma tímida reação depois de encerrar o pregão anterior no nível mais baixo dos últimos 7 anos. Ainda nesta quinta-feira, os contratos do cereal fecharam o dia com perdas entre 3,50 e 4,25 pontos. E, segundo os analistas, a perspectiva de uma safra volumosa nos EUA, podendo ser recorde, continua pesando sobre o mercado.
Até o momento, o clima no Meio-Oeste norte-americano não oferece risco às lavouras do cereal. Isso porque, apesar das temperaturas mais altas, os mapas climáticos ainda indicam chuvas. De acordo com informações das agências internacionais, 85% do Meio-Oeste recebeu chuvas acima da média em julho.
Além disso, a queda no petróleo registrada ontem também contribuiu para pressionar as cotações. Do mesmo modo, a alta do dólar frente às demais moedas ajudou a pesar os preços do cereal.
Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:
Milho: De olho na safra dos EUA, mercado recua e toca o menor patamar dos últimos 7 anos em Chicago
O pregão desta quinta-feira (4) foi negativo aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT), que tocaram os menores patamares dos últimos 7 anos. As principais posições da commodity ampliaram as perdas ao longo da sessão e encerraram o dia com desvalorizações entre 3,50 e 4,25 pontos. O contrato setembro/16 era cotado a US$ 3,20 por bushel, enquanto o dezembro/16 era negociado a US$ 3,31 por bushel.
Segundo a analista de mercado da FCStone, Ana Luiza Lodi, o bom encaminhamento da safra americana continua como um fator de pressão sobre os preços do cereal. "E, se for confirmado um aumento na produtividade, poderemos ter uma produção recorde no país. Além disso, já há especulações sobre o boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será reportado na próxima semana e pode trazer alguma alteração na projeção", pondera.
Em julho, o departamento estimou a safra dos EUA de milho em 369,34 milhões de toneladas nesta temporada e rendimento médio de 177,8 sacas por hectare. Porém, com as condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento das plantações, a produtividade média pode subir para 178,87 sacas do grão por hectare, conforme estimativa de um dos mais importantes consultores internacionais, Michael Cordonnier.
"E as lavouras já estão finalizando um dos períodos mais críticos de desenvolvimento, que é a polinização", destaca Ana Luiza. "As perspectivas no Meio-Oeste são favoráveis ao milho, resultado do tempo molhado do verão", disse a meteorologista Gail Martell, em entrevista ao Agrimoney.
"Em torno de 91% das lavouras já estão com a polinização completa. Isso aponta para uma colheita muito favorável. As projeções de rendimento do milho foram impulsionadas pelas recorrentes chuvas em julho. 85% do Meio-Oeste recebeu chuvas acima da média", completa a meteorologista.
E, no período de 12 a 18 de agosto, o NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia, ainda prevê chuvas em algumas localidades do Meio-Oeste dos EUA. No mesmo intervalo, as temperaturas deverão ficar acima na normalidade em grande parte da região.
Contudo, o preço mais baixo também tem atraído o interesse dos compradores. O USDA reportou nesta quinta-feira (4) a venda de 129 mil toneladas de milho para destinos desconhecidos. O volume negociado deverá ser entregue na temporada 2016/17.
Essa é a segunda operação divulgada essa semana. Ainda nesta quarta-feira (3), o órgão informou a venda de 290 mil toneladas do cereal também para destinos não revelados. O produto será entregue na campanha 2016/17.
Enquanto isso, as vendas para exportação ficaram em 1.227,400 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 28 de julho. Da safra velha, os números ficaram em 331,1 mil toneladas e da safra nova, o volume foi de 896,3 mil toneladas. No total, o reporte ficou ligeiramente acima das apostas dos investidores, entre 800 mil a 1,2 milhão de toneladas.
Mercado interno
Na BM&F Bovespa, a sessão desta quinta-feira também foi negativa aos preços futuros do milho. Os principais contratos do cereal finalizaram o dia com perdas entre 1,34% e 3,80%. A posição setembro/16, referência para a safrinha, encerrou o pregão a R$ 44,87 a saca, com queda de 2,24%. Já o novembro/16 era cotado a R$ 45,93 a saca, enquanto o janeiro/17 fechou o dia a R$ 45,80 a saca.
Já no mercado interno, o preço voltou a subir em Avaré (SP), em torno de 9,98%, com a saca a R$ 42,98 a saca, segundo levantamento da equipe do Notícias Agrícolas. Em Assis (SP), o preço subiu 7,32%, com a saca também a R$ 42,98. No Oeste da Bahia, a cotação voltou ao patamar de R$ 50,00, com ganho de 2,04%, já em São Gabriel do Oeste (MS), a alta foi de 1,33%, com a saca a R$ 38,00.
Por outro lado, os preços recuaram no Porto de Paranaguá, a saca para entrega setembro/16 fechou o dia a R$ 32,00 e queda de 3,03%. No Paraná, em Ubiratã e Londrina, o recuo foi de 2,74%, com a saca a R$ 35,50. Em Cascavel (PR), a cotação caiu 1,37% e a saca a R$ 36,00. Em Jataí (GO), o preço apresentou queda de 1,19%, com a saca a R$ 41,50.
Os participantes do mercado ainda acompanham as informações sobre as medidas para a importação de 1 milhão de toneladas de milho transgênico dos EUA, divulgada essa semana pelo Mapa. Ainda na visão da analista, o produto chegaria a um preço competitivo no Brasil, especialmente para a região Nordeste dada a logística.
"Ainda assim, é preciso considerar que esse é um volume relativamente pequeno se compararmos com o consumido pelo país", diz Ana Luiza. Segundo os especialistas, o país consome pouco mais de 4,5 milhões de toneladas por mês.
Em contrapartida, a analista ainda destaca que as cotações serão norteadas pelo volume exportado de milho no segundo semestre e também pela postura do produtor em reter as vendas. "Temos valores praticados no mercado interno bem acima da paridade de exportação, porém, é preciso saber qual realmente o volume que foi fechado para exportação", completa.
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