Mapa prepara medidas para importar milho dos EUA

Publicado em 02/08/2016 14:58

O secretário de Política Agrícola, Neri Geller, se reuniu nesta terça-feira (2) com técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para detalhar e alinhar todas as medidas necessárias à importação de milho geneticamente modificado dos Estados Unidos. 
 
O ministro Blairo Maggi está empenhado em atender o pedido dos industriais e quer garantir o abastecimento do grão no país, exclusivamente para ração animal usadas pelos criadores de aves e suínos e produtores de leite, até dezembro de 2017.

O Mapa vai encaminhar o pedido para avaliação e aprovação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) e garantirá toda segurança e fiscalização necessária para que a importação do produto atenda às necessidades do setor.

Autorização da importação de 1 milhão de toneladas de milho dos EUA deve trazer alívio para produtores de aves e de suínos, diz ABPA

São Paulo, 02 de agosto de 2016 - Em conversa telefônica com o Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi ocorrida ontem, o presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra e representantes de agroindústrias produtoras e exportadoras de aves e de suínos do setor foram informados de que o Governo liberará a importação de 1 milhão de toneladas de milho proveniente dos Estados Unidos.

A informação foi repassada durante encontro de um comitê de crise constituído por empresas associadas à ABPA, com o objetivo de debater ações emergenciais frente à crise vivida pelo setor com as altas superiores a 100% dos preços do milho neste ano, além da escassez do insumo em diversos polos de produção.

“Os Estados Unidos estão colhendo uma grande safra e tem excedentes consideráveis.  Além disto, as estimativas de preços de compra feita por lá são mais atraentes do que o praticado em nosso mercado interno, ou mesmo junto aos países do Mercosul.  Será um grande alívio para todo o setor”, destaca Turra.

Segundo o presidente da ABPA, a autorização informada pelo Ministro Blairo vigorará até outubro deste ano.

Além da importação de milho dos Estados Unidos, o grupo foi informado pelo Ministério que há oferta de 2,5 milhões de toneladas no Paraguai e de mais de 15 milhões de toneladas na Argentina, que poderão ser importados pelas empresas.

Neste contexto, conforme o presidente da ABPA, a colheita do cereal no Brasil, que vem superando as previsões da Companhia Brasileira de Abastecimento (Conab), também deverá reduzir a pressão sobre o custo de produção. Outro alento são as notícias que indicam a expansão da área de plantio de milho no Brasil para a próxima safra.

“Não queremos que se gere entraves a quem exporta, criando tarifas ou qualquer restrição. O setor busca, apenas, o equilíbrio de mercado com o livre acesso aos insumos, seja pela compra interna ou pela importação.  A Secretaria de Política Agrícola e o próprio Ministro têm sido muito proativos, apoiando nosso setor, que é exportador produtos com valor agregado, com aumento de limites de venda a balcão, monitoramento de estoques, além de viabilizar a aproximação entre produtores brasileiros de insumos e indústrias.  O Governo está preocupado com a elevação dos preços das proteínas ao consumidor, o que é inevitável diante dos atuais patamares de custos”, conclui.

Governo prepara medida para liberar importação de milho transgênico dos EUA

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SÃO PAULO (Reuters) - O Ministério da Agricultura informou nesta terça-feira que está preparando medidas necessárias à importação de milho geneticamente modificado dos Estados Unidos, num movimento que visa ampliar a oferta do cereal no Brasil, segundo nota oficial divulgada pela pasta.

O ministério disse que vai encaminhar pedido sobre o milho transgênico para avaliação e aprovação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).

O Brasil, que sofre com uma escassez do produto este ano, já planta o cereal transgênico, mas as importações dos EUA não decolam por temores de que algumas variedades norte-americanas sejam barradas no país, devido à falta de aprovações específicas.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) reuniu na segunda-feira um comitê de crise para discutir ações emergenciais para atacar a baixa oferta do grão, que tem aumentado os custos das indústrias, e relatou que recebeu informação do ministério de que haverá a liberação da importação dos EUA.

Segundo o presidente da ABPA, Francisco Turra, a autorização informada pelo ministro Blairo Maggi vigorará até outubro deste ano.

"Será um grande alívio para todo o setor", disse Turra, em nota.

A CTNBio, entretanto, tem ritos de aprovação de transgênicos que podem inviabilizar um pedido para eventual aprovação de uma hora para outra.

O Ministério de Agricultura não entrou em detalhes sobre como será o processo para liberação.

Não foi possível falar com a CTNBio imediatamente. Procurado, o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação não respondeu pedido de comentário sobre a solicitação do Ministério da Agricultura.

Do ponto de vista tarifário, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) já havia aberto caminho para compras de milho de fora do Mercosul em abril, quando liberou a importação de uma cota de 1 milhão de toneladas isenta de uma tarifa de 8 por cento incidente sobre aquisições fora do bloco econômico.

Contudo, praticamente nenhum negócio foi realizado dentro desta cota. Até o momento, empresas pediram a liberação burocrática de apenas 2 mil toneladas dentro dessa isenção tarifária, segundo dados da Camex.

Dados de comércio exterior do Ministério da Agricultura do Brasil e do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) também mostram que as chegadas de milho norte-americano ao Brasil no primeiro semestre foram praticamente inexistentes.

(Por Roberto Samora e Gustavo Bonato)

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Fonte:
Mapa + ABPA + Reuters

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3 comentários

  • Angelo Miquelão Filho Apucarana - PR

    Adeus milho de verão... Vou de soja, de novo! Vou encher os big-bag's e guarda-la na garagem... Chega de ficar refém de cooperativas e semelhantes!!!

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    • Vilson Ambrozi Chapadinha - MA

      pregando COOPERSTIVISMO pra deixarem de ser refém dos cerealistas. Peli que estou vendo ficou pior .

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    • Vilson Ambrozi Chapadinha - MA

      Mnsag de celular da nisso . Vai pela metade .

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    • wellington almeida rodrigues Sucupira - TO

      Realmente, o campo de escrita e muito pequeno, só vai pela metade tem que tomar cuidado para não passar raiva, falando de importações de milho não tenho muito medo sobre as importações, porque ? Gastamos 5 milhões de toneladas/mês, a produção da safrinha foi pro pau, de todo jeito vai faltar lá na frente apartir de Janeiro , vamos lá, primeiro, quase toda produção dos estados unidos são consumidos dentro do país, para ração e principalmente etanol, combustível, segundo, até o Brasil com essa fama que tem de mal pagador , caloteiro, sem credibilidade, arrumar os papéis, dinheiro , tem que ser pago à vista, leleu, cascalho, nosso governo anda à passos de tartaruga, lento demais, muito burocrático, vocês acham em plena consciência que frango, porco gado, enfim, vai esperar, estando falando de 1 milhão de ton, falta 4 milhões de ton para se cobrir um mês, apenas, não me venha com frescura senhor Blairo Maggi, seja firme em suas decisões, que o senhor também é produtor rural, igualzinho a nós mesmos, o senhor não vai dar um tiro no pé, principalmente no pé do seu estado o mato grosso, já somos reféns de atravessadores, cooperativas, multinacionais e agora também do governo, à para....!

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    • Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR

      A intenção é gerar notícia que dê munição para os compradores de milho tentarem baixar o preço. Tudo combinado entre governo, que está desesperado por comida barata e consumidores de milho, que querem voltar a ter margens de 100%. Do jeito que está, estão trabalhando com 30% liquido, e isso é inaceitável para eles. Onde já se viu ganhar 30% livre? Quem acreditar que 01 milhão de tonelada de milho vai resolver o problema, que entregue seu produto por qualquer preço. Se este milho chegar aqui, será depois de novembro. Se chegar.

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    • wellington almeida rodrigues Sucupira - TO

      Concordo plenamente William com seu comentário, tudo é trama entre governo e atravessadores, quem paga o pato e sempre nós produtores, pensando em seu texto, vamos fazer uma seguinte conclusão, se o milho chegar até novembro, teremos mais 4 meses de falta de produto, correto, até chegar a safra de verão em 2017, se tudo correr certinho com o clima, certo, 4 meses de 5 milhões de ton daria um total de 20 milhões de ton, onde vocês acham que o Brasil, falido, sem dinheiro, sem credibilidade, vai comprar esse milho, dos estados unidos, sem dinheiro, lá meus companheiros e dinheiro na frente , depois produto, isso tudo é como você mesmo relatou, e desespero, de um país sem rumo na mão de analfabetos, ladrões, sem vergonha de cara lavada, rapaz , vai plantar coquinho!!!

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  • geraldo emanuel prizon Coromandel - MG

    Essas importações não me assustam, tendo que necessitaremos de importações da ordem de 5 milhões de toneladas. As perdas da safrinha são muito maiores que as anunciadas. (Uma curiosidade, quem souber responda: O Brasil tem logística (nos portos) para importação de milho em volumes elevados?)

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  • José Elias Nova alvorada do sul - MS

    ...ajuda as industrias e prejudica o produtor brasileiro!

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      O governo e' tao lerdo mas tao lerdo em tudo que faz, que este milho vai chegar em agosto do ano que vem

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    • beto palotina - PR

      Seu carlo ele e lerdo p ajuda mas p atrapalha nao

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