Milho: Na BM&F, preços sobem pelo 3º dia seguido e setembro/16 se aproxima do patamar de R$ 49,00/sc
Mais uma vez, as cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa operam em alta. As principais posições do cereal exibiam valorizações entre 0,20% e 1,14% por volta das 11h34 (horário de Brasília), no pregão desta quarta-feira (27). O vencimento setembro/16, referência da safrinha brasileira, era cotado próximo do patamar de R$ 49,00 a saca. O janeiro/17 era cotado a R$ 49,90 a saca.
As cotações continuam a sua escalada e refletem a situação do mercado doméstico. Isso porque, muitos produtores estão segurando o milho à espera de melhores oportunidades de negociação. Além disso, à medida que a colheita avança, os agricultores têm conseguido confirmar a quebra na segunda safra de milho do país.
Em Goiás, importante estado produtor do cereal, a perspectiva é de uma quebra ao redor de 40% nesta temporada e uma produção próxima de 4,9 milhões de toneladas do grão. Anteriormente, a estimativa era de 8 milhões de toneladas. No Paraná, a safra também foi afetada pelo clima irregular e as perdas podem superar os 15% neste ciclo, conforme pondera o presidente da Aprosoja Paraná, José Eduardo Sismeiro.
Paralelamente, os analistas ainda reforçam que o comportamento dos preços irá depender da postura dos produtores de venderem ou não o cereal. E também do volume ainda será exportado pelo país no segundo semestre. Porém, é importante destacar que as cotações permanecem acima da paridade para exportação, o que dificulta a formação de novos negócios.
Bolsa de Chicago
Após testar quedas recentemente, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) voltaram a esboçar leve reação no pregão desta quarta-feira (27). As principais posições do cereal exibiam altas entre 3,25 e 4,25 pontos, por volta das 11h50 (horário de Brasília). O contrato setembro/16 era cotado a US$ 3,36 por bushel e o dezembro/16 a US$ 3,43 por bushel.
Com 76% das lavouras em boas ou excelentes condições no Meio-Oeste dos EUA, os investidores permanecem atentos ao comportamento do clima no país. Porém, pelo menos por enquanto, as previsões climáticas ainda indicam condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento das plantações, que estão em fase de polinização.
Caso o clima contribua, os produtores norte-americanos poderão colher uma safra de pouco mais de 369 milhões de toneladas nesta temporada, conforme apontam os números oficiais. Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou a venda de 247,912 mil toneladas para destinos desconhecidos.
Do total, cerca de 74,064 mil toneladas deverão ser entregues durante a temporada 2015/16 e o restante, de 173,848 mil toneladas, no ciclo 2016/17.
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