Milho: Em Chicago, mercado ainda busca recuperação e mantém tom positivo na sessão desta 5ª feira

Publicado em 07/07/2016 12:51

As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) tentam dar continuidade ao movimento positivo durante a sessão desta quinta-feira (7). As principais posições do cereal exibiam leves ganhos entre 2,50 e 3,25 pontos, por volta das 12h26 (horário de Brasília). O julho/16 era cotado a US$ 3,38 por bushel, já o contrato março/17 era negociado a US$ 3,60 por bushel.

Os futuros da commodity testam uma reação depois das desvalorizações registradas recentemente. O clima nos Estados Unidos continua no foco dos participantes do mercado e é um dos principais responsáveis pelas quedas nas cotações. Isso porque, depois de muitas especulações, os mapas climáticos voltaram a indicar chuvas no Meio-Oeste do país, o que aliviou as preocupações com o desenvolvimento das lavouras de milho.

Nesse instante, as plantações do cereal estão em fase de polinização, uma das mais importantes e de definição para a produtividade. Até o último domingo (3), cerca de 75% das plantações apresentavam boas ou excelentes condições. Os números serão atualizados na próxima semana. Paralelamente, as informações do mercado financeiro também permanecem em pauta. Especialmente o reflexo da possível saída do Reino Unido da Zona do Euro na economia global.

Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou nesta quinta-feira (7) a venda de 137,16 mil toneladas de milho ao México. Do total negociado, cerca de 15,24 mil toneladas serão entregues na temporada 2015/16, em torno de 91,44 mil toneladas na campanha 2016/17 e o restante, de 30,48 mil toneladas no ciclo 2017/18.

BM&F Bovespa

As principais posições do milho negociadas na BM&F Bovespa operam do lado positivo da tabela nesta quinta-feira (7). Por volta das 12h27 (horário de Brasília), os principais vencimentos do cereal exibiam valorizações entre 0,88% e 3,82%. O vencimento julho/16 era cotado a R$ 41,41 a saca, já o setembro/16, referência para a safrinha, era negociado a R$ 42,15 a saca. Apenas o contrato novembro/16 recuava, cerca de 0,11%, cotado a R$ 45,40 a saca.

Além da alta em Chicago e também no câmbio, os participantes do mercado observam as projeções para a safrinha de milho. Hoje, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) reportou seu novo boletim de acompanhamento de safras e estimou a safrinha em 43.053,6 milhões de toneladas. O número está bem abaixo do projetado em junho, de 49.995,5 milhões de toneladas.

Já a consultoria INTL FCStone estima a safra brasileira em 47,3 milhões de toneladas. Para a analista de mercado do grupo, Ana Luiza Lodi, novos cortes de produtividade nos estados do Centro–Oeste foram muito afetados pela seca ocorrida em abril. “Produtores reportam, inclusive, algumas áreas onde não vale a pena nem realizar a colheita”, ressalta.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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