Em Chicago, investidores ainda aguardam dados do USDA e milho mantém o tom negativo na sessão desta 4ª feira
Durante o pregão desta quarta-feira (29), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) dão continuidade ao movimento negativo. Perto das 11h25 (horário de Brasília), os principais vencimentos da commodity registravam perdas entre 4,50 e 5,00 pontos. Grande parte dos contratos permanece abaixo do patamar de US$ 4,00 por bushel. O vencimento julho/16 era cotado a US$ 3,80 por bushel. Já o maio /17 era negociado a US$ 4,00 por bushel.
Segundo dados das agências internacionais, os participantes do mercado ainda buscam um melhor posicionamento frente aos boletins do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que serão reportados nesta quinta-feira (30). O órgão traz os dados sobre a área cultivada com o milho nesta temporada nos Estados Unidos e também os números dos estoques trimestrais.
"Esse é um relatório muito importante e pode direcionar as cotações do cereal. A perspectiva é que o USDA traga uma redução na área cultivada com o grão. Já os estoques devem ficar em linha com o reportado no mesmo período do ano passado", disse a analista de mercado da FCStone, Ana Luiza Lodi, em entrevista ao Notícias Agrícolas. No início de junho, o USDA indicou a área semeada com o grão em 33,27 milhões de hectares. Já os estoques estavam em 198,38 milhões de toneladas, em 1º de março de 2016.
"E salvo algumas grandes surpresas de quinta-feira, o mercado agora irá focar no andamento do clima nos Estados Unidos", disse Bryce Knorr, analista e editor do portal Farm Futures. E, apesar das temperaturas mais altas, os mapas climáticos ainda apontam para chuvas em alguns estados do Meio-Oeste dos EUA.
No período de 6 a 12 de julho, em todo o país as temperaturas deverão ficar acima da normalidade, conforme dados divulgados pelo NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - e, indicado no mapa abaixo. No mesmo intervalo, chuvas são previstas para o Meio-Oeste, inclusive, em algumas localidades deverão ficar acima da média. E julho é o mais importante para a cultura do milho no país, já que grande parte das lavouras estará em fase de polinização.
Temperaturas nos EUA entre os dias 6 a 12 de julho - Fonte: NOAA
Chuvas nos EUA entre os dias 6 a 12 de julho - Fonte: NOAA
BM&F Bovespa
Na bolsa brasileira, as cotações futuras do milho também trabalham em queda no pregão desta quarta-feira (29). As principais posições do cereal exibiam perdas entre 0,53% e 1,35%, por volta das 11h34 (horário de Brasília). O vencimento julho/16 era cotado a R$ 40,81 a saca, já o setembro/16, referência para a safrinha, era negociado a R$ 41,50 a saca.
Além da influência de Chicago, a queda do dólar também ajuda a pressionar as cotações. A moeda norte-americana era cotada a R$ 3,2533 na venda, perto das 11h20 (horário de Brasília). Os investidores ainda acompanham o bom humor nos mercados externos e mais um dia marcado pela ausência da atuação do Banco Central no mercado, conforme reportou o site G1.
A colheita da safrinha ainda continua sendo observada de perto pelos participantes do mercado. Nos principais estados produtores, Mato Grosso e Paraná, a colheita já supera os 15%. Nesse momento, a dúvida está relacionada ao real tamanho da safrinha.
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