Milho: Ainda de olho no clima nos EUA, mercado mantém tom positivo no pregão desta 3ª feira na CBOT
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) dão continuidade ao movimento positivo ao longo do pregão desta terça-feira (28). As principais posições da commodity registravam valorizações entre 4,50 e 5,50 pontos, por volta das 12h38 (horário de Brasília). O contrato julho/16 era cotado a US$ 3,90 por bushel, enquanto o março/17 era negociado a US$ 4,06 por bushel.
Além da tentativa de recuperação, após as perdas de mais de 12% na semana passada, os investidores seguem atentos aos mapas climáticos nos Estados Unidos. Isso porque, a partir do próximo mês as lavouras entrarão em fase de polinização, uma das mais importantes da cultura e de definição de produtividade.
E, segundo dados reportados pelas agências internacionais, a perspectiva é de clima seco na maior parte do Meio-Oeste do país nos próximos 11 a 15 dias, especialmente nas áreas centrais. Contudo, algumas chuvas são esperadas em algumas localidades no centro-leste e sul do cinturão produtor.
Ainda ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) manteve em 75% o índice de lavouras em boas ou excelentes condições. O percentual ficou acima do esperado pelos participantes do mercado, de 73%.
"As preocupações com o tempo ainda poderiam retornar ao mercado ao longo dessa semana", disse Tobin Gorey do Commonwealth Bank of Australia, em entrevista ao site internacional Agrimoney. "Alguns estresses podem ocorrer na cultura, embora as temperaturas médias mais frias devem contribuir para preservar a umidade no solo por mais tempo", completa.
Nos EUA, o período mais importante para a cultura do milho é o mês de julho, quando grande parte das lavouras entra em fase de polinização. "A forte demanda no âmbito do mercado e as incertezas climáticas nos meses de julho e agosto poderiam significar preços um pouco mais altos, mas ainda não podemos confirmar", disse Solutions Water Street Darren Frye ao Agrimoney.
BM&F Bovespa
Já na bolsa brasileira, as cotações operam do lado positivo da tabela na sessão desta terça-feira (28). Por volta das 12h52 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam valorizações entre 0,80% e 1,39%. O contrato julho/16 era cotado a R$ 41,45 a saca, já o setembro/16, referência para a safrinha brasileira, era negociado a R$ 41,64 a saca. Apenas o novembro/16 exibia leve queda, de 0,27%, a R$ 44,98 a saca.
Além da influência de Chicago, os investidores ainda acompanham o andamento do dólar. Nesta terça-feira, a moeda norte-americana recua mais de 2% e, perto das 12h28 (horário de Brasília), era cotada a R$ 3,3224 na venda. De acordo com a agência Reuters, a queda é decorrente da reação dos mercados globais depois de duas sessões de mau humor em meio a decisão do Reino Unido em deixar a União Europeia.
Por outro lado, a evolução dos trabalhos nos campos brasileiros também é observada de perto. No Paraná, cerca de 15% da área plantada já foi colhida até o momento. Já no Mato Grosso, a colheita está completa em pouco mais de 16% da área cultivada.
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