Milho ainda busca recuperação e dá continuidade ao movimento positivo nesta 2ª feira na CBOT
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho tentam dar continuidade ao movimento positivo ao longo desta segunda-feira (27). As principais posições do cereal ainda exibem valorizações mais tímidas e, por volta das 12h35 (horário de Brasília), registravam ganhos entre 2,50 e 3,75 pontos. O contrato julho/16 era cotado a US$ 3,88 por bushel e o março/17 era negociado a US$ 4,04 por bushel.
O mercado ainda tenta se recuperar do tombo da semana anterior, no qual, os preços acumularam desvalorizações de mais de 12%. O recuo foi o maior dos últimos 3 anos, desde junho de 2013. Em meio aos mapas climáticos que indicam clima mais favorável ao desenvolvimento do milho nos Estados Unidos, os fundos liquidaram suas posições compradas. Como resultado, as primeiras posições voltaram a trabalhar abaixo do importante patamar dos US$ 4,00 por bushel.
E o clima deverá permanecer no radar dos participantes do mercado, especialmente nas próximas semanas, quando grande parte das lavouras estará em fase de polinização, a mais importante da cultura. Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz novo boletim de acompanhamento de safras. Até a semana anterior, cerca de 75% das lavouras estavam em boas ou excelentes condições.
Enquanto isso, o departamento reportou que, na semana encerrada no dia 23 de junho, os embarques do cereal somaram 1.451,227 milhão de toneladas. O volume ficou acima das apostas dos investidores que giravam entre 890 mil e 1,19 milhão de toneladas. Na última semana, o número foi ligeiramente menor e ficou em 1.235,070 milhão de toneladas.
No total da temporada, o volume embarcado está próximo de 33.875,356 milhões de toneladas de milho. Já no mesmo período do ano anterior, o volume era de 35.928,039 milhões de toneladas.
BM&F Bovespa
A segunda-feira (27) também é positiva aos preços do milho negociados na BM&F Bovespa. As principais posições da commodity registravam altas entre 0,40% e 1,18%, perto das 12h45 (horário de Brasília). O vencimento julho/16 era cotado a R$ 41,28 a saca, enquanto o setembro/16, referência para a safrinha, era negociado a R$ 41,17 a saca, com ganho de 1,16%.
Além da influência de Chicago, os investidores ainda acompanham a valorização cambial registrada nesse início de semana. Às 13h00(horário de Brasília), a moeda norte-americana era cotada a R$ 3,4039, com alta de 0,71%. De acordo com o site G1, o ganho é decorrente ainda das incertezas globais após o Reino Unido decidir em referendo pela saída da União Europeia.
No Brasil, os participantes do mercado ainda acompanham a evolução dos trabalhos nos campos. No Paraná, em torno de 10% da área cultivada nesta temporada já foi colhida, segundo levantamento realizado pelo Deral (Departamento de Economia Rural). No maior estado produtor, Mato Grosso, o índice é maior, já que em torno de 16,62% da área foi colhida até o momento. As informações são do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária).
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