CE: Frustração da safra de milho e feijão é de 70%
Terminada a estação chuvosa e quase concluído o levantamento no campo da safra de sequeiro de grãos, no sertão cearense, uma triste e grave conclusão: 2016 é o segundo pior ano no atual ciclo de estiagem que desde 2012 se abate sobre o Estado. A frustração de safra de milho e feijão é, em média, superior a 70%. Perda elevada das culturas agrícolas e escassez de água aumentam a crise econômica no Interior do Ceará.
O Grupo de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias (GCEA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está concluindo o levantamento feito pelas Comissões Municipais de Estatística Agropecuária até a primeira semana do próximo mês. "Os dados são parciais, mas mostram perda média superior a 60%. Infelizmente, a tendência é o quadro piorar e a situação é bastante crítica", disse a coordenadora do grupo, Regina Dias.
Veja a notícia na íntegra no site do Diário do Nordeste
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Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR
Muito se tem dito sobre a falta de feijão e os altos preços... É sabido que o mundo sempre evoluiu, mas escutei que a cultura de um povo determina seus hábitos e, o hábito alimentar do brasileiro está conectado com a colonização do país -- que foi com a implantação de lavouras de café em sistema de parcerias. Os colonos plantavam nas entrelinhas ou covas de café, culturas de arroz, milho e feijão para se alimentarem até a colheita da cultura principal, da qual tinham sua participação. Isto ocorria uma vez por ano, pois o café é uma cultura perene de produção anual.
Com isto criou-se o hábito de se consumir o feijão que é uma leguminosa e, como tal fornece proteína vegetal ao consumidor. Hoje não sei quais são os números de consumo per capita de feijão, mas há algumas décadas o brasileiro consumia 6 vezes mais que um mexicano, que na época era o país que mais se aproximava em consumo per capita do Brasil, ou seja, outros países não produzem feijão, pois não o consomem. É simples, no país vizinho, Paraguai, se você sentar numa mesa de família paraguaia para almoçar, tenho certeza que não encontrará arroz e feijão para comer. Imagine se algum país europeu vai ter feijão para exportar???.Amigo Paulo Rensi, que bom que consumimos feijao
CONTINUACAO: ... pois alem de nutritivo, e fonte proteica de custo(nao atualmente, claro) acessivel a muitos brasileiros. Alem disso, nao menos importante, opcao de cultivo para muitos e muitos agricultores do BR.
Sr. Cácio, não sou contrário aos hábitos ou cultura de um povo, mas tento enxergar qual é o verdadeiro motivo em discutir a importação de feijão. Isso me faz lembrar um caso emblemático ocorrido no governo Sarney, durante o Plano Cruzado. Foi lançado uma mentira que a inflação do Cruzado estava ocorrendo pelo aumento do valor da carne bovina. Foi autorizado a compra de 100 MIL ton. de carne. Após a chegada do navio no porto brasileiro, os técnicos verificaram a carga e, concluíram que a carne não era recomendada para consumo humano, pois eram carcaças de animais que foram abatidos durante uma grande seca que ocorreu em alguns países europeus anos anteriores, ou seja, eram carcaças de animais debilitados, sem deposição de gordura e pouca carne cobrindo a estrutura óssea e, pior, essa carne ficou vários anos congelada aguardando um fim. Agora vem a cereja do bolo: NA ÉPOCA, AS 100 MIL TON. DE CARNE CORRESPONDIA A 10 DIAS DE CONSUMO DO PAÍS.... Era uma medida que iria resolver ??? Acho que devemos ser céticos quanto a importação "desse feijão"!!!