Milho: Em Chicago, cotações têm oscilações tímidas e buscam manter estabilidade neta 5ª feira

Publicado em 23/06/2016 09:15

Nesta quinta-feira (23), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago atuam com estabilidade, porém, em campo negativo. As posições mais negociadas perdiam entre 0,25 e 2,25, por volta de 8h30 (horário de Brasília), levando o contrato setembro/16 a perder também o patamar dos US$ 4,00 por bushel.

No início desta semana, as cotações do cereal já exibiram suas baixas mais fortes em mais de três anos e, de acordo com analistas internacionais, o mercado deverá buscar seu reajuste ao continuar acompanhando o desenvolvimento da nova safra dos Estados Unidos, o qual é satisfatório até o momento dadas as boas condições de clima no Meio-Oeste. 

Ainda nesta quinta-feira, chegam hoje os novos números das vendas semanais para exportação dos Estados Unidos e o boletim do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) pode mexer com o andamento do mercado. 

E, paralelamente, acontece o referendo que definirá se a Grã-Bretanha continua ou não na União Europeia, o que traz alguma expectativa ainda ao mercado financeiro global. À espera da decisão, apensas os grãos atuavam em campo negativo, enquanto as demais commodities subiam mais de 1%, como o petróleo em Nova York, voltando a buscar os US$ 50,00 por barril. 

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:

Com foco na colheita da 2ª safra, preços do milho registram nova queda no mercado interno nesta 4ª feira

Por Fernanda Custódio

mercado interno registraram variações negativas. Conforme levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, em Avaré (SP) a saca caiu 11,10% e fechou o dia a R$ 39,08. Na região de Cascavel (PR), a queda foi menor, de 4,11%, com a saca a R$ 35,00 a saca. Em Panambi (RS), a cotação registrou queda de 4,34% e a saca encerrou o dia a R$ 45,00.

Ainda no Paraná, nas praças de Ubiratã e Londrina, a perda ficou em 1,41%, com a saca a R$ 35,00. Na localidade de Jataí (GO), o recuo foi de 2,63%, com a saca a R$ 37,00. Já no Oeste da Bahia, a queda foi de 1,03%, com a saca a R$ 48,00. Na contramão desse cenário, os preços apresentaram leve alta, de 3,85%, com a saca a R$ 27,00 em Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis, ambas em Mato Grosso. No Porto de Paranaguá, a saca do milho para entrega setembro/16 permaneceu estável em R$ 37,00.

Os analistas reforçam que as cotações têm recuado em meio ao avanço da colheita da segunda safra no país. Inclusive, as maiores desvalorizações são observadas em regiões, nas quais, a colheita está mais adiantada. No Mato Grosso, a colheita já supera os 10% da área semeada, já no Paraná, pouco mais de 5% da área foi colhida, de acordo com informações dos órgãos estaduais.

Além disso, há um maior interesse vendedor por parte dos produtores rurais. Muitos que estão colhendo tentar vender o produto para aproveitar as cotações ainda em patamares mais altos. Em contrapartida, os compradores seguem retraídos no mercado à espera da chegada do produto.

Enquanto isso, a renegociação dos contratos feitos antecipadamente também é um movimento observado e ajuda a pressionar os preços, já que tende a deixar mais produto no mercado interno. Ainda assim, a perspectiva é que os preços apresentem uma correção no final do ano, porém, as cotações não devem apresentar valorizações expressivas, conforme disse o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, em recente entrevista ao Notícias Agrícolas.

BM&F Bovespa

Após as quedas mais fortes registradas nos últimos dias, os preços do milho praticados na BM&F Bovespa encerraram o pregão desta quarta-feira (22) em campo misto. As primeiras posições caíram entre 0,07% e 0,75%. O vencimento setembro/16, referência para a safrinha era cotado a R$ 40,06 a saca.

Bolsa de Chicago

Mais uma vez, as cotações futuras do milho fecharam em queda na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal consolidaram o terceiro dia consecutivo de perdas e exibiram desvalorizações entre 3,25 e 5 pontos no final da sessão desta quarta-feira (22). O vencimento setembro/16 perdeu o patamar de US$ 4,00 por bushel, cotado a US$ 3,98 por bushel. Já o dezembro/16 era negociado a US$ 4,04 por bushel.

Segundo dados das agências internacionais, o mercado recuou novamente diante do indicativo de clima favorável ao desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos. De acordo com dados dos sites de meteorologia do país, nos próximos 7 dias, o clima deverá continuar mais úmido no Meio-Oeste com a ocorrência de algumas chuvas.

E, é justamente essa não confirmação do clima mais seco no Corn Belt que tem feito com que os fundos de investimentos liquidem suas posições, conforme ponderam os analistas. Somente, as vendas dos contratos de milho ficaram próximas de 47 mil contratos.

E esse deverá ser o foco do mercado até o mês de agosto. Isso porque, em meados de julho, grande parte das lavouras norte-americanas deverão estar em fase de polinização, uma das mais importantes para a cultura e determinante para a produtividade. Contudo, até esse momento, em torno de 75% das lavouras de milho apresentam condições boas ou excelentes, conforme boletim de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Ainda ontem, um dos mais respeitados consultores internacionais, Michel Cordonnier, revisou para baixo a sua projeção de rendimento das lavouras de milho nos EUA, para 174,62 sacas do grão por hectare. No início de junho, o departamento americano estimou o rendimento das plantações em 177,8 sacas por hectare.

Outra informação que ainda é observada pelos participantes do mercado é a demanda mais forte pelo produto norte-americano. O que nos últimos dias, juntamente com as previsões climáticas, impulsionaram as cotações do cereal na CBOT. Nesta quinta-feira (23), o USDA traz novo boletim de vendas semanais para exportação. Na semana anterior, as vendas da safra velha ficaram em 909,7 mil toneladas, já da safra nova, o número ficou em 178,7 mil toneladas do grão.

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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