Agronegócio catarinense se ajusta ao aumento do preço do milho

Publicado em 15/06/2016 15:43

Há 60 anos na agropecuária, a família Cella vendeu na última semana 60 fêmeas de suínos a R$ 1,8 o quilo, metade do preço de custo. Nos próximos dias, os criadores de Chapecó pretendem se desfazer de mais 70 cabeças e 400 leitões. Na cidade vizinha deArvoredo, o produtor Neuri Meneguzzi conseguiu manter a atividade com gado e algumas economias. Em Seara, também no Oeste do Estado, Jacob Biondo cortou 30% do plantel de porcos e prevê nova redução. Com os constantes aumentos do preço do milho, produtores catarinenses estão se desfazendo dos animais para sobreviver à crise no setor.

– Deixou de girar R$ 30 mil por mês na propriedade. Estávamos nos recuperando da crise de 2012 e veio outra pior – lamenta Terezinha Cella, lembrando que há quatro anos, quando algumas agroindústrias foram incorporadas pela JBS e Aurora, houve uma crise.

Meneguzzi tem apenas 100 sacas de milho no depósito, suficientes para apenas 15 dias de alimentação de 100 fêmeas e 500 leitões. Somente o gasto com milho aumentou em R$ 4 mil por mês.

– O prejuízo é de R$ 150 por suíno. É uma situação que a gente não sabe o que fazer – afirma o produtor.

A crise do milho, iniciada no final do ano passado, com o aumento das exportações do cereal produzido no Estado e alta no preço, é uma ameaça para o setor agroindustrial catarinense, que emprega diretamente 60 mil pessoas e, indiretamente, mais de 100 mil. O custo para produzir um quilo de frango e um de suíno aumentou 24% nos últimos 12 meses, segundo dados da Embrapa Suínos e Aves de Concórdia. O economista e analista da empresa Ari Jarbas Sandi calcula que 52% do custo de produção do suíno, mais da metade, refere-se ao milho (no gráfico da página ao lado).Se para os produtores o cenário é difícil, para empresas não é diferente. A Globoaves, de Lindóia do Sul, chegou a racionar ração e 200 aves morreram de fome ou foram pisoteadas. Outras agroindústrias ajudaram a empresa para abastecer os integrados e retomar o abate, depois de 20 dias de férias coletivas para 600 funcionários.

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Diário Catarinense

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