Milho: Mercado dá continuidade ao movimento negativo e exibe leves perdas nesta 3ª feira em Chicago
Durante o pregão desta terça-feira (14), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) dão continuidade ao movimento negativo. As principais posições do cereal exibiam perdas entre 0,75 e 1,50 pontos, por volta das 12h40 (horário de Brasília). O vencimento julho/16 era cotado a US$ 4,29 por bushel, já o março/17 era negociado a US$ 4,44 por bushel.
"O mercado passa por uma correção técnica depois dos ganhos recentes e os futuros dos grãos também são pressionados pela melhora nas classificações das lavouras", disse Bryce Knorr, analista e editor do portal Farm Futures. Ainda no final da tarde de ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou que cerca de 75% das plantações estão em boas ou excelentes condições.
Em torno de 21% das plantações apresentam situação regular e 4% estão condições ruins ou muito ruins. O departamento ainda indicou que cerca de 96% das lavouras de milho já emergiram. Os dados são referentes até o último domingo (12).
Paralelamente, o clima nos EUA continua sendo observado pelos participantes do mercado. Até o momento, as previsões climáticas apontam para tempo quente e seco no Meio-Oeste do país nas próximas semanas. Com isso, há especulações no mercado de que a falta de chuvas possa afetar o desenvolvimento das plantações do cereal.
Outro fator que também segue no radar dos investidores é a demanda forte pelo produto norte-americano. Ainda hoje, UISDA reportou a venda de 136 mil toneladas de milho ao Japão. Do total, cerca de 60 mil toneladas serão entregues na temporada 2015/16 e, o restante, 76 mil toneladas, deverão ser entregues no ciclo 2016/17.
BM&F Bovespa
Enquanto isso, na BM&F Bovespa, as cotações futuras do milho operam em campo misto na sessão desta terça-feira (14). As primeiras posições exibiam perdas entre 0,37% e 0,38%. O vencimento setembro/16, referência para a safrinha brasileira, era cotado a R$ 43,50 a saca. Apenas o janeiro/17 exibia leve alta, de 0,22%, negociado a R$ 45,60 a saca.
Os participantes do mercado ainda acompanham as informações sobre as geadas no Centro-Sul do Brasil. De acordo com informações da Climatempo, a massa de ar polar já se afasta da região Sul do Brasil nesta terça-feira e as temperaturas devem subir um pouco. No Sudeste, o frio ainda continua.
Contudo, o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, destaca que as perdas são pequenas, entre 10% a 20% das áreas que foram atingidas. "As perdas mais severas ocorreram com o clima mais seco. Teremos a colheita ganhando ritmo de agora em diante e a geada irá ajudar a secar mais rápido o milho. Com isso, teremos uma pressão maior de oferta nas próximas semanas e a tendência é que as cotações se acomodem em patamares mais baixos", pondera.
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