Milho: Mercado dá continuidade ao movimento negativo e registra leves quedas no pregão desta 5ª feira na CBOT
Durante o pregão desta quinta-feira (9), as cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) dão continuidade ao movimento negativo. As principais posições do cereal exibiam perdas entre 2,00 e 3,50 pontos, por volta das 11h56 (horário de Brasília). O contrato julho/16 era cotado a US$ 4,27 por bushel, já o março/17 era negociado a US$ 4,39 por bushel.
"Termos um movimento de realização de lucros depois das altas recentes e, também frente à divulgação do relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será divulgado nesta sexta-feira (10)", disse Bryce Knorr, editor e analista de mercado da Farm Futures. Em toda véspera de relatório, os investidores sempre buscam um melhor posicionamento. Ainda assim, não são esperadas grandes modificações para esse boletim, ainda conforme dados reportados pelas agências internacionais.
Paralelamente, o mercado acompanha o comportamento dos preços do petróleo, que recuam nesta quinta-feira. Ainda assim, o barril mantém o patamar de US$ 50,00 o barril. A demanda pelo produto norte-americano permanece no foco dos investidores.
Ainda hoje, o USDA reportou a venda de 116.360 mil toneladas de milho para destinos desconhecidos. O volume negociado deverá ser entregue na temporada 2015/16. Já as vendas semanais foram projetadas em 1.679,3 milhão de toneladas do cereal até a semana encerrada no dia 2 de junho. Do total, 1.558,9 milhão de toneladas são referentes à safra 2015/16 e, o restante, de 120,4 mil toneladas da temporada 2016/17. As expectativas do mercado estavam entre 1 milhão a 1,5 milhão de toneladas.
Nos EUA, o clima também continua no radar dos investidores. Isso porque, as previsões climáticas indicam clima mais quente e seco nas próximas semanas, sobre as principais áreas produtores do Corn Belt.
BM&F Bovespa
Já na BM&F Bovespa, as cotações futuras do milho trabalham em campo positivo na sessão desta quinta-feira (9). Por volta das 12h13 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam ganhos entre 0,85% e 1,07%. O contrato julho/16 era cotado a R$ 46,18 a saca e o setembro/16, referência para a safrinha, era negociado a R$ 43,30 a saca.
Os analistas reforçam que os participantes do mercado estão atentos ao clima no Brasil nesse instante. O cenário é decorrente da manutenção do alerta de geada para o estado do Paraná. De acordo com dados divulgados pelo Simepar (Sistema Meteorológico do Paraná), uma geada de forte intensidade pode ocorrer em Pato Branco, Irati, Ponta Grossa, Laranjeiras do Sul e na região de Cascavel.
No sábado, o alerta está mantido, e o evento climático está previsto para Pato Branco, Laranjeiras do Sul, Ponta Grossa, Ivaiporã, Castro e Curitiba. Na madrugada desta quinta-feira, os termômetros marcaram -6ºC em áreas mais baixas de Pato Branco.
Outro fator que contribui para as altas nos preços é a valorização do dólar registrada na sessão desta quinta-feira. Às 12h20 (horário de Brasília), a moeda subia 0,69%, cotada a R$ 3,393 na venda.
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