Queda na safra de milho coloca Rio Verde (GO) em situação de emergência
A queda na safra de milho safrinha, ocorrida em função da escassez de chuva, fez o município deRio Verde, no sudoeste de Goiás, decretar estado de emergência. De arcordo com a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), pelo menos 14 cidades estão na mesma situação.Segundo o Sindicato Rural de Rio Verde, a estimativa é que os produtores deixem de colher quase 1 milhão de toneladas do grão.
O vice-presidente da entidade, Luciano Guimarães disse ao G1 que os prejuízos podem ultrapassar R$ 400 milhões. Para ele, o decreto de emergência deve ajudar os produtores a renegociar as dívidas. “O decreto dá uma certa tranquilidade nas renegociações que os produtores tiverem de agora para frente, porque a legislação prevê que ele pode prorrogar a dívida quando há intempéries naturais, como a estiagem sofrida este ano”, considerou.
O decreto foi entregue ao sindicato na quinta-feira (2), depois de uma reunião com a entidade e produtores de Rio Verde.
De acordo com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o documento foi elaborado de acordo com um levantamento feito junto com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatítica (IBGE), com produtores e o sindicato.
O último levantamento divulgado pelo IBGE mostra que, dos 200 mil hectares de plantações de milho existentes em Rio Verde, devem ser colhidos apenas 165 mil hectares. O restante teve perda de 100% da lavoura.
“A estiagem levou por água abaixo toda a expectativa. Isso implica no aumento do preço da saca. Os nossos prejuízos foram calculados de acordo com o preço fixado na época do plantio. Se fôssemos levar em conta o valor atual, este prejuízo sem dúvida ultrapassaria os R$ 600 milhões”, afirmou o vice-presidente do sindicato.
De acordo com Luciano Guimarães, a escassez do produto que gerou o aumento no valor da saca deve implicar ainda o impacto nos preços da carne suína e de frango. "A cadeia de consequências é grande e levam prejuízos não só para o produtor, mas para o consumidor, que vai ter que desembolsar mais dinheiro para comprar item básico de alimentação como a carne", disse.
Impacto
De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), a seca afetou todas as etapas de desenvolvimento da planta, desde a fase inicial até o enchimento dos grãos, comprometendo todo o processo de produção. De acordo com a entidade as cidade de Paraúna,Silvânia, Ipameri, Inaciolândia, Caldas Novas, Goiatuba, Uruaçu, Cabeceiras, Montividiu,Pontalina, Acreúna, Bonópolis, Porangatu e Rio Verde já estão em situação de emergência.
A estimativa da produtividade, segundo a Faeg, caiu de 6,5 mil para cerca de 4,9 mil quilos por hectare. O impacto econômico pode chegar a aproximadamente R$ 1,5 bilhão no valor bruto da produção do estado.
Leia a notícia na íntegra no site G1 - GO.
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