Milho: Preços sobem mais de 1% na BM&F nesta 5ª feira com o suporte da valorização cambial

Publicado em 19/05/2016 12:48

Na BM&F Bovespa, os futuros do milho trabalham do lado positivo da tabela na sessão desta quinta-feira (19). Perto das 12h20 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam valorizações entre 0,71% e 1,55%. O contrato julho/16 era cotado a R$ 48,70 a saca, com alta de 1,48% O setembro, referência para a safrinha brasileira, era negociado a R$ 44,65 a saca.

Mais uma vez, o ganho cambial impulsiona as cotações do cereal na bolsa brasileira. Por sua vez, a moeda norte-americana era cotada a R$ 3,6055 na venda, com ganho de 1,19%, por volta das 11h59 (horário de Brasília). O movimento altista é um reflexo das crescentes expectativas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, eleve os juros no país em breve e o mau humor externo frente à queda dos preços do petróleo, conforme dados reportados pelo site G1.

Fundamentalmente, a relação ajustada entre a oferta e a demanda no Brasil continua a dar sustentação aos preços. Além da baixa disponibilidade do grão no mercado, ainda há muitas preocupações e especulações em relação à safrinha de milho, que foi bastante afetada pelo clima irregular registrado em abril.

Bolsa de Chicago

Durante o pregão desta quinta-feira (19), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) ampliaram as perdas. As principais posições do cereal exibiam perdas de mais de 10 pontos, por volta das 12h17 (horário de Brasília). Os primeiros vencimentos, julho/16 e setembro/16, se distanciaram do patamar de US$ 4,00 por bushel cotados a US$ 3,89 e US$ 3,91 por bushel, respectivamente. Já o março/17 era negociado a US$ 4,04 por bushel e o maio/17 a US$ 4,07 por bushel.

Segundo informações das agências internacionais, as commodities, de forma geral, são pressionadas pela valorização do dólar no mercado internacional. A moeda tem encontrado suporte nas especulações de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, aumente as taxa de juros no país já no próximo mês. Os juros mais altos devem aumentar o custo dos empréstimos para itens como terrenos e equipamentos.

Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou novo boletim de vendas para exportação. No caso do cereal, as vendas ficaram em 2.013,8 milhões de toneladas na semana encerrada no dia 12 de maio. Do total, cerca de 1.473,1 milhão de toneladas é referente à temporada 2015/16 e o restante, de 540,7 mil toneladas, da safra 2016/17. Na semana passada, as vendas somaram 1.255,7 milhão de toneladas.

Os números confirmam a demanda aquecida pelo produto norte-americano. Em recente entrevista ao Notícias Agrícolas, o analista de mercado da Carlos Cogo Consultoria Agroeconômica, Carlos Cogo, ressaltou que a demanda pelo norte-americano permanece muito aquecida, o que tem contribuído para a firmeza nas cotações. Do mesmo modo, a quebra na 2ª safra no Brasil também continua sendo acompanhada pelos participantes do mercado.

Por outro lado, o avanço do plantio do milho nos EUA e comportamento climático também seguem no radar dos investidores. Até o momento, os números oficiais apontam para uma área cultivada ao redor de 75%. As informações serão atualizadas no início da próxima semana.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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