Milho: Mercado esboça recuperação na manhã desta 5ª feira em Chicago e exibe ligeiras altas

Publicado em 12/05/2016 08:21

Nesta quinta-feira (12), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram o pregão com leves altas. Perto das 7h56 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam ganhos entre 3,00 e 3,50 pontos. O contrato maio/16 era cotado a US$ 3,77por bushel e o vencimento dezembro/16 a US$ 3,89 por bushel.

O mercado voltou a subir após exibir um movimento de realização de lucros no dia anterior. Ainda nesta quarta-feira, os futuros da commodity recuaram entre 2,25 e 4,50 pontos. Apesar da movimentação técnica, os analistas reforçam que as atenções estão voltadas para o plantio da safra 2016/17 nos Estados Unidos e, especialmente, o comportamento do clima. Inclusive, essa deve ser tônica do mercado nos próximos 70 dias.

E, pelo menos por enquanto, cerca de 64% da área projetada já havia sido cultivada, até o último domingo. Conforme números oficiais divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). "As previsões climáticas indicando chuvas ainda oferecem algum apoio, já que o plantio pode atrasar até o fim da semana ou na próxima semana", afirmou Bob Burgdorfer, analista e editor da Farm Futures.

Ainda hoje, o departamento traz o novo boletim de vendas para exportação. Na semana anterior, o número ficou em 829,800 mil toneladas. Do total, cerca de 769,300 mil toneladas são da safra 2015/16 e o restante, de 60,5 mil toneladas, da nova temporada.

Confira como fechou o mercado nesta quarta-feira:

Milho: Na BM&F, preços acompanham dólar e fecham 4ª feira em queda; cotações seguem acima dos R$ 40/sc

Depois das altas recentes, os preços do milho negociados na BM&F Bovespa recuaram no pregão desta quarta-feira (11). As principais posições da commodity encerraram o dia com desvalorizações entre 0,39% e 1,74%. Ainda assim, os contratos permanecem sustentados acima do patamar de R$ 40,00 a saca. O vencimento maio/16 era cotado a R$ 50,53 a saca e o contrato setembro/16, referência para a safrinha, negociado a R$ 41,60 a saca, com leve queda de 0,88%.

As cotações foram influenciadas pelo comportamento negativo do dólar, em um dia marcado pela volatilidade. A moeda norte-americana fechou o dia a R$ 3,4456 a saca, com queda de 0,61%. O câmbio recuou pelo 2º dia consecutivo, no dia da votação do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff no Senado. Na mínima do dia, o dólar tocou o patamar de R$ 3,4407.

Enquanto isso, no Porto de Paranaguá, a saca do milho para entrega em setembro/16 permaneceu estável em R$ 35,00 a saca nesta quarta-feira. Na região de Não-me-toque (RS), as cotações exibiram leve alta, de 1,16%, com a saca a R$ 43,50. O mesmo valor foi observado em Panambi (RS), com ganho de 1,12%. Em Sorriso (MT), a valorização ficou em 8,57%, com a saca a R$ 38,00. Por outro lado, em Jaboticabal (SP), o valor praticado recuou 20,65% e a saca era cotada a R$ 35,66, em Itapeva (SP), a queda ficou em 1,10%, com a saca a R$ 43,96 a saca. Nas demais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas o dia foi de estabilidade.

Ainda assim, a oferta restrita no mercado interno e as preocupações com a safrinha continuam a dar sustentação aos preços, conforme ressaltam os analistas. Nesta terça-feira, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) reportou que a safrinha terá somar 52,90 milhões de toneladas, contra os 57,13 milhões de toneladas estimados em abril. O cenário é decorrente do clima seco registrado em grande parte do mês de abril em importantes regiões produtoras do grão.

Por enquanto, a perspectiva de grande parte dos analistas é de que os preços se acomodem em patamares mais baixos com a chegada da segunda safra. "Esse cenário irá fazer com que o mercado permaneça apertado até a entrada da próxima safra, em março de 2017. Claro que, com a entrada da segunda safra, os preços devem se acomodar em patamares mais baixos, mas teremos, especialmente em dezembro, janeiro e fevereiro um cenário ajustado. E precisamos lembrar que temos mais de 15 milhões de toneladas do cereal contratadas para a exportação. Acredito que teremos um cancelamento nos embarques", disse o consultor em agronegócio, Ênio Fernandes, em recente entrevista ao Notícias Agrícolas.

Diante desse quadro, o Brasil já tem importado milho de outras origens e, recentemente, o Governo autorizou a isenção da taxa de importação para 1 milhão de toneladas do grão fora do Mercosul. Somente em abril, o país importou cerca de 105,9 mil toneladas do cereal, com preço médio de US$ 155,4/tonelada, o que seria equivalente a R$ 33,13/sc de 60 kg, segundo dados reportados pelo Cepea essa semana. Conforme levantamento da Reuters, 58% tem como origem a Argentina e o restante do Paraguai.

Bolsa de Chicago

A sessão desta quarta-feira (11) foi negativa aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal consolidaram as perdas e encerraram o dia com quedas entre 2,25 e 4,50 pontos. O contrato maio/16 era negociado a US$ 3,74 por bushel e o dezembro/16 a US$ 3,85 por bushel.

De acordo com informações das agências internacionais, o mercado passou por uma correção técnica depois das altas registradas no dia anterior. Ainda ontem, as cotações subiram mais de dois dígitos com o suporte dos números de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Nesse momento, os analistas reforçam que o foco dos participantes do mercado está voltado ao andamento do plantio da safra 2016/17 nos Estados Unidos.

"As previsões climáticas indicando chuvas ainda oferecem algum apoio, já que o plantio pode atrasar até o fim da semana ou na próxima semana", afirmou Bob Burgdorfer, analista e editor da Farm Futures. Até o último domingo, em torno de 64% da área já havia sido semeada, contra os 45% reportados na semana anterior. As informações foram divulgadas pelo USDA.

A safrinha brasileira continua sendo observada no mercado internacional. Depois da seca de abril, registrada em grande parte das regiões produtoras, há muitas especulações em relação à quebra na produção, o que pode direcionar a demanda pelo grão para os EUA.

Produção de etanol nos EUA

Ainda hoje, a Administração de Informações de Energia norte-americana (EIA) reportou que a produção de etanol nos EUA ficou em 962 mil barris diários na semana encerrada no dia 5 de maio. Na semana anterior, o número ficou em 923 mil barris. No mesmo período, os estoques caíram de 22,2 milhões para 21,3 milhões. Segundo projeção do USDA, na safra 2016/17, em torno de 134,63 milhões de toneladas do cereal serão destinados à produção de etanol.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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