Milho: Em véspera do relatório do USDA, mercado amplia desvalorizações em Chicago nesta segunda-feira
Durante as negociações desta segunda-feira (09), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) ampliaram as perdas. Por volta das 12h23 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam desvalorizações entre 5,75 e 6,25 pontos. O vencimento maio/16 era cotado a US$ 3,70 por bushel, enquanto o dezembro/16 a US$ 3,78 por bushel.
Segundo informações das agências internacionais, o mercado é pressionado pelos dados vindos do mercado financeiro. Ainda hoje, as ações chinesas recuaram novamente, atingindo mínimas de oito meses, com os investidores vendo as esperanças de uma forte recuperação econômica desaparecer e apreensivos em relação às novas restrições regulatórias sobre a especulação, informou a agência Reuters.
Paralelamente, os investidores também buscam um melhor posicionamento frente ao relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será divulgado nesta terça-feira (10). "O órgão traz as primeiras previsões para a nova temporada e grandes rendimentos são normalmente divulgados a esse relatório. O que se, confirmado, poderá elevar os estoques de milho no país. O mercado também deverá estar atento aos números para a safra do Brasil", disse Bryce Knorr, editor e analista de mercado da Farm Futures.
Ainda hoje, o departamento informou que os embarques de milho ficaram em 1.142,545 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 5 de maio. O volume ficou ligeiramente abaixo do indicado na semana anterior, de 1.158,757 milhão de toneladas.
O USDA informou ainda a venda de 290 mil toneladas de milho. A primeira operação foi de 170 mil toneladas do grão para o Japão. E na segunda foram comercializadas 120 mil toneladas para destinos desconhecidos. Ambos os volumes deverão ser entregues na temporada 2015/16.
Safra dos EUA
O foco dos participantes do mercado também está direcionado ao andamento da safra americana. No final da tarde de hoje, o USDA traz seu novo boletim de acompanhamento de safras e, a perspectiva é que a semeadura do grão esteja completa em 62%. Na semana anterior, o cultivo estava completo em 45% da área estimada para essa safra.
BM&F Bovespa
Mesmo com a forte alta do dólar, as cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa trabalham em campo misto no pregão desta segunda-feira (09). Por volta das 12h34 (horário de Brasília), os vencimentos mais distantes registravam ganhos entre 0,11% e 0,85%. O contrato setembro/16, referência para a safrinha brasileira era negociado a R$ 41,75 a saca. Já o maio/16 tinha queda de 0,20%, cotado a R$ 51,15 a saca.
As incertezas em relação ao tamanho da oferta brasileira ainda continuam como um fator de suporte aos preços da commodity. No mercado interno, o quadro também é firme devido à baixa disponibilidade do grão no mercado. De acordo com dados do Cepea, na última sexta-feira, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (base Campinas-SP) atingiu R$ 50,01/saca de 60 kg, o maior patamar nominal de toda a série do centro, iniciada em 2004. No Paraná, onde a disputa pelo grão está mais acirrada, alguns negócios já são realizados a R$ 52/sc.
Enquanto isso, o dólar opera com forte alta nesse início de semana. Perto das 12h11, a moeda registrava alta de mais de 3%, cotada a R$ 3,6181 na venda. A movimentação positiva é decorrente da notícia de que o presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), anulou o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
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