Milho: Preços iniciam pregão desta 3ª feira com ligeiras movimentações, próximos da estabilidade na CBOT
Na Bolsa de Chicago (CBOT), as cotações futuras do milho iniciaram o pregão desta terça-feira (3) com ligeiras movimentações. Perto das 7h42 (horário de Brasília), o vencimento dezembro/16 estava estável, cotado a US$ 3,96 por bushel. O março/17 exibia leve queda, de 0,50 pontos, negociado a US$ 4,04 por bushel. Apenas o contrato maio/16 registrava alta, de 3,25 pontos, a US$ 3,93 por bushel.
Os analistas ainda explicam que, o foco dos participantes do mercado permanece no andamento da safra brasileira. Ainda há muitas especulações a respeito da safrinha após as adversidades climáticas registradas ao longo do mês de abril. Muitas instituições já revisaram para baixo as suas projeções para a produção do país.
Diante desse cenário, os investidores acreditam que os compradores possam adquirir o produto norte-americano. Com a escassez do grão no mercado brasileiro, o governo autorizou recentemente a isenção da taxa de importação de milho fora do Mercosul.
Ainda ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou que cerca de 45% da área já foi cultivada com o grão até o último domingo (1). O percentual ficou abaixo das estimativas do mercado, de 47% a 49%. Ainda assim, o número está em linha com o registrado no mesmo período do ano passado e acima da média dos últimos cinco anos, de 30%.
O departamento ainda divulgou que em torno de 13% das plantações já emergiram, contra 5% da semana anterior, 7% do ano passado e 8% na média.
Confira como fechou o mercado nesta segunda-feira:
Milho: Ainda focado na safra brasileira, mercado tem ligeira alta no pregão desta 2ª feira em Chicago
A sessão desta segunda-feira (2) foi de ligeira alta aos preços do milho praticados na Bolsa de Chicago (CBOT). Após oscilar dos dois lados da tabela, as primeiras posições da commodity fecharam o dia estáveis, o maio/16 era cotado a US$ 3,90 por bushel. Já os vencimentos mais distantes exibiram ganhos entre 0,50 e 1,25 pontos. O contrato dezembro/16 era cotado a US$ 3,96 por bushel.
Segundo dados reportados pelas agências internacionais, os participantes do mercado ainda observam a evolução da safrinha no Brasil. Isso porque, há muitas especulações a respeito da quebra na produção devido aos efeitos climáticos. Ainda hoje, a consultoria Horizon reduziu a sua projeção para a safrinha de milho de 53,94 milhões para 52,47 milhões de toneladas. Na semana anterior, a Bunge estimou as perdas na safrinha do país em até 10 milhões de toneladas.
Depois do tempo seco e das temperaturas elevadas, observadas em abril, no último final de semana, o Paraná, um dos principais estados produtores, registrou a ocorrência de geadas. Em São João, os termômetros marcaram -2ºC e o evento climático atingiu as lavouras do cereal. Os prejuízos e perdas ainda serão contabilizados nos próximos dias.
As incertezas no Brasil, em relação à safrinha e a escassez do produto no mercado interno, têm gerado muitos rumores de que os compradores poderão se voltar ao produto norte-americano. E, recentemente, o governo do país isentou a tarifa para importação de milho de fora do Mercosul. Com isso, na semana passada já havia rumores de que uma carga do grão dos EUA havia sido adquirida por brasileiros.
Ainda nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou novo relatório de embarques semanais. Na semana encerrada no dia 28 de abril, os embarques do cereal totalizaram 1.158,757 milhão de toneladas. O volume ficou dentro das projeções dos participantes do mercado, que estavam entre 1 milhão a 1,2 milhão de toneladas.
Os participantes do mercado ainda aguardam as informações sobre a evolução da safra americana. No final da tarde de hoje, o USDA traz os últimos dados sobre o desenrolar da nova temporada e a perspectiva é que órgão aponte a área plantada entre 47% a 49%, na semana passada o índice era de 30%. "Apesar dos trabalhos nos campos mais lentos no final de semana devido às chuvas, o USDA pode mostrar o progresso do cultivo do grão em 49%. Um número acima do registrado na média dos últimos cinco anos", disse Bryce Knorr, analista e editor do portal Farm Futures.
Mercado interno
No Porto de Paranaguá, a saca do milho, para entrega em setembro/16, subiu 1,45% nesta segunda-feira, cotada a R$ 35,00. Na contramão desse cenário, em Sorriso (MT), o preço caiu 8,57% e a saca finalizou o dia a R$ 32,00. Na região de Itapeva (SP), a queda ficou em 2,09% e a saca a R$ 45,91, já em Jaboticabal (SP), a desvalorização foi de 2,11%, com o preço em R$ 44,94 a saca. Nas demais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas o dia foi de estabilidade.
No caso da BM&F Bovespa, a sessão foi de leves altas aos preços da commodity. As principais posições do cereal exibiram ganhos entre 0,06% e 0,43%. O vencimento maio/16 era cotado a R$ 49,83 a saca e o setembro, referência para a safrinha, a R$ 40,95 a saca. Assim como no mercado internacional, os investidores também acompanhar as informações da safrinha brasileira.
Outra variável de influência aos preços é o comportamento do dólar. Ainda hoje, a moeda norte-americana subiu 1,45%, cotada a R$ 3,4900 na venda. Na máxima do pregão, o câmbio tocou o patamar de R$ 3,5092. Conforme dados da agência Reuters, o dólar subiu após o Banco Central voltar a atuar de maneira mais intensa no mercado de câmbio e com os investidores com foco no cenário político do Brasil.
Em relação à safra do Brasil, o consultor de mercado da França Junior Consultoria, Flávio França, projeta uma queda de 7 milhões de toneladas. Consequentemente, a safra deverá totalizar 79,5 milhões de toneladas nesta temporada. "Tivemos uma grave estiagem em abril em grande parte do Paraná e nos estados da região Central. Registramos perdas consideráveis no potencial produtivo das lavouras em SP, MG, GO e partes de MT", explica França.
"Isso traz o mercado de milho para uma situação complicada, porque não temos produto. Temos um buraco de oferta para atender a demanda local até a entrada da safrinha. A partir de julho, com a chegada da safra de inverno, é natural que o mercado sofra uma pressão, os preços podem cair entre julho e agosto em comparação com os atuais patamares de preços, mas será uma queda menor. A safra de inverno também é precária e temos pesados compromisso de exportação, estamos com o mercado bem tenso. Com isso, os consumidores terão que correr atrás e fechar as pontas com o milho de fora", acredita o consultor.
De acordo com dados do Cepea, os preços do milho voltaram subir no final de abril em muitas regiões, com o suporte da sinalização de menor oferta. "Na semana passada, as cotações do milho estiveram cerca de 85% acima das observadas há um ano, em termos nominais, considerando-se a média das praças pesquisadas pela instituição", informou a entidade em nota.
Exportações
Ainda nesta segunda-feira, a Secex (Secretaria de Comércio Exterior) reportou que as exportações de milho somaram 367,6 mil toneladas até a 5ª semana de abril. A média diária ficou em 18,4 mil toneladas e representa uma queda 80% em relação ao mês anterior, no qual, os embarques diários ficaram em 92 mil toneladas.
Já em relação ao mesmo período do ano anterior, o número representa uma valorização de 130,8%. Em abril de 2015, a média diária foi de 8 mil toneladas de milho.
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