Milho: Focado na safra brasileira e na demanda nos EUA, mercado registra ligeiras movimentações na CBOT
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) exibem ligeiras movimentações ao longo do pregão desta sexta-feira (29). Por volta das 12h41 (horário de Brasília), os principais vencimentos registravam ganhos entre 0,50 e 2,25 pontos. O contrato maio/16 era cotado a US$ 3,89 por bushel e o dezembro/16 era negociado a US$ 3,95 por bushel.
Segundo dados do site internacional Agweb, o mercado ainda encontra suporte nos bons números das vendas para exportação divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quinta-feira. O volume surpreendeu os participantes do mercado, já que, na semana encerrada no dia 21 de abril as vendas de milho ficaram em 2.600,6 milhões de toneladas. No total, em torno de 2.160,6 milhões de toneladas da safra atual e o restante, cerca de 440 mil toneladas da nova temporada.
"A fraqueza do dólar continua a fazer os grãos norte-americanos mais atraentes", informou o site Agweb. Ainda hoje, o USDA reportou a venda de 100,640 mil toneladas do grão para o Japão. O volume negociado deverá ser entregue na temporada 2015/16.
Paralelamente, os especialistas também ponderam que, o aumento na demanda pelo produto norte-americano reflete a falta de oferta no Brasil. Diante desse quadro, o governo brasileiro isentou a taxa de importação para 1 milhão de toneladas do cereal fora do Mercosul. "Isso para compensar a escassez do grão no curto prazo. E relata-se no mercado de que uma carga de milho norte-americano já foi vendida ao país, pela primeira vez em duas décadas", informou o site internacional Agrimoney.
No caso da safrinha brasileira, os analistas internacionais já projetam perdas após o tempo seco e das altas temperaturas. Apesar do retorno das chuvas essa semana, em muitas regiões, a safrinha já apresenta perdas irreversíveis. Conforme dados da Faeg (Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás), a quebra na safrinha de milho de Goiás pode superar os 40% nesta temporada, em função do clima irregular.
Levantamento realizado pela Bunge, nesta quinta-feira (28), a quebra na safra deve ficar entre 5 milhões a 10 milhões de toneladas. “Essa quebra reflete direto nas exportações. E, portanto, o grão terá que ser fornecido por outras origens, como Estados Unidos, Mar Negro ou pela Ucrânia", divulgou a empresa.
BM&F Bovespa
Na BM&F Bovespa, as cotações futuras do milho operam com ligeiras altas no pregão desta sexta-feira (29). Por volta das 12h20 (horário de Brasília), os primeiros vencimentos exibiam valorizações entre 0,40% e 0,55%. A posição maio/16 era cotada a R$ 49,85 a saca. Já os contratos mais distantes estavam estáveis. O setembro/16, referência para a safrinha brasileira, era negociado a R$ 40,80 a saca.
Além da situação climática e das incertezas em relação à safra brasileira, o dólar também acaba influenciando as negociações do cereal. Ainda hoje, a moeda norte-americana era negociada a R$ 3,4605 na venda, com queda de 1,06%, perto das 12h19 (horário de Brasília).
De acordo com dados do site G1, o câmbio acompanha o cenário externo, mesmo com a atuação do Banco Central no mercado. A sessão também era marcada pela briga para a formação da Ptax de abril, o que ocasionar volatilidade nas negociações.
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