Milho: Com suporte das vendas semanais, preços voltam a subir nesta 5ª feira em Chicago
As cotações futuras do milho voltaram a trabalhar em campo positivo na Bolsa de Chicago (CBOT) ao longo do pregão desta quinta-feira (28). Perto das 11h32 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam valorizações entre 5,25 e 9,25 pontos. O contrato maio/16 era cotado a US$ 3,89 por bushel, já o vencimento dezembro/16 era negociado a US$ 3,96 por bushel.
De acordo com informações das agências internacionais, o mercado encontra suporte nos bons números das vendas para exportação divulgadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Na semana encerrada no dia 21 de abril, as vendas do cereal somaram 2.600,6 milhões de toneladas. Do total, cerca de 2.160,6 milhões de toneladas da atual temporada e o restante, em torno de 440 mil toneladas da safra nova.
O número reportado ficou bem acima do registrado na semana anterior, de 1,32 milhão de toneladas. E também das projeções dos participantes do mercado, entre 1,2 milhão a 1,7 milhão de toneladas. Da safra atual, o Japão foi o principal comprador do produto norte-americano, já da safra nova, destinos revelados compraram a maior parte do volume indicado.
Na visão do analista de mercado e editor do site internacional Farm Futures, Bryce Knorr, a situação no Brasil tem contribuído para as vendas de milho. "A falta de suprimentos fora da América do Sul está ajudando, assim como as preocupações com a segunda safra de milho brasileira", pondera. "Conversas sobre a possibilidade de La Niña também pode ser um estimulante para coberturas de posições, uma vez que os usuários finais não querem ser pegos de surpresa", completa.
Os participantes do mercado seguem de olho no clima no Brasil. Após um longo período seco, as chuvas retornaram às principais regiões produtoras, mas ainda é preciso saber qual o impacto das precipitações nas lavouras e o potencial de recuperação das plantas. Por outro lado, há as informações sobre a possibilidade de geadas devido às temperaturas que despencaram.
E diante da escassez do produto no mercado interno, o governo brasileiro isentou a taxa de importação de 1 milhão de toneladas do grão fora do Mercosul. E essa semana, foi reportado no Diário Oficial, que cada empresa terá uma cota inicial de 100 mil toneladas de milho.
Ainda ontem, o mercado recuou, em um movimento de realização de lucros após os ganhos registrados recentemente. Além disso, o clima mais favorável nos Estados Unidos, o que deve contribuir o avanço da semeadura do grão, também pesou nos preços nesta quarta-feira, conforme dados das agências internacionais. Até o último domingo, cerca de 30% da área já havia sido cultivada, de acordo com dados do USDA.
BM&F Bovespa
Mais uma vez, as cotações futuras do milho operam do lado positivo da tabela na BM&F Bovespa nesta quinta-feira (28). As principais posições da commodity exibiam altas entre 0,02% e 0,82%, por volta das 11h45 (horário de Brasília). O vencimento maio/16 era cotado a R$ 49,05 a saca, já o setembro/16, referência para a safrinha, era negociado a US$ 40,55 a saca.
O cenário climático no país, que gera incertezas em relação à oferta, ainda ajuda a manter o tom positivo nas negociações. Por outro lado, o dólar era cotado a R$ 3,4986 na venda, com queda de 0,72%, por volta das 11h30. Conforme dados do site G1, o câmbio trabalha em queda na quarta sessão sem anúncio de intervenção do Banco Central e com os investidores acompanhando o quadro político brasileiro.
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