Milho: Mercado mantém tom positivo em Chicago e mar/17 retoma os US$ 4,00 por bushel
Durante o pregão desta terça-feira (26), as cotações do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) dão continuidade ao movimento positivo. Com isso, perto das 13h08 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam valorizações entre 3,25 e 4,75 pontos. O vencimento maio/16 era cotado a US$ 3,80 por bushel, enquanto o dezembro/16 era negociado a US$ 3,92 por bushel.
Conforme dados das agências internacionais, os fundos ainda atuam fortemente no mercado em meio às especulações climáticas na América do Sul. Nos últimos 20 dias, o vencimento maio/16 subiu de US$ 3,54 por bushel para US$ 3,77, uma valorização de 6,35%. Já o setembro/16 passou de US$ 3,6175 para US$ 3,8225, registrando um incremento de 5,67%.
No caso do Brasil, depois das preocupações com o clima seco, as chuvas devem retornar às principais regiões produtoras ao longo dessa semana. Segundo o agrometeorologista da Somar Meteorologia, Marco Antônio dos Santos, a frente fria está sobre os estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul, onde já provoca chuvas nesta terça-feira.
"E a previsão é que ela - frente fria - continue avançando aos demais Estados das regiões Sudeste e Centro-oeste, onde são esperadas chuvas entre hoje e quinta-feira. Os volumes não serão altos, mais suficientes para permitir uma mudança no padrão atmosférico e consequentemente uma melhora ao desenvolvimento das lavouras", informou o agrometeorologista.
Na região de Toledo (PR), importante produtora de milho, somente nesta segunda-feira (25) choveu mais de 55 mm e as precipitações continuam nesta terça-feira. "As chuvas de agora irão ajudar na recuperação das lavouras mais atrasadas, que estavam precisando de umidade e água. Claro que temos algumas plantações que não irão recuperar, apenas ganharão um pouco mais de peso nos grãos. Em algumas localidades, as perdas podem superar os 15%. Contudo, a média do município ainda deverá ser boa”, afirma Nelson Paludo, presidente do sindicato rural e vice-presidente da Aprosoja PR.
Por outro lado, o clima nos Estados Unidos também continua no foco dos investidores. Previsões recentes indicam chuvas no Meio-Oeste norte-americano, que podem atrasar o plantio e reduzir o tempo hábil para o plantio, segundo informações de agências internacionais. Porém, ainda ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou que até o último domingo (24) cerca de 30% da área já havia sido cultivada com o grão.
O número ficou acima das projeções do mercado, de 25%. Na semana passada, o índice era de 13% e a média dos últimos anos é de 16%. O órgão ainda divulgou que em torno de 5% das lavouras já emergiram, contra 2% registrado no ano passado.
BM&F Bovespa
Enquanto isso, na BM&F Bovespa, as cotações do milho operam em campo misto nesta terça-feira. Por volta das 13h06 (horário de Brasília), os primeiros vencimentos exibiam perdas entre 0,35% e 0,72%. Já as posições mais longas registravam valorizaçõs entre 0,23% e 0,38%. O vencimento maio/16 era cotado a R$ 48,42 a saca e o setembro/16 era negociado a R$ 40,10 a saca.
Além do dólar, os investidores também acompanham o desenrolar do clima no Brasil. E, principalmente, com o retorno das chuvas qual será o potencial de recuperação nas plantações do cereal. A moeda norte-americana era cotada a R$ 3,5301 na venda, com queda de 0,52%, perto das 13h30 (horário de Brasília). Segundo o site G1, o Banco Central ainda não anunciou intervenções no mercado de câmbio. Os participantes do mercado também observam o cenário político e econômico no país.
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