Milho: Preços em Chicago, nesta 4ª feira, voltam a operar com estabilidade e esperam por novidades
Na sessão desta quarta-feira (16), o mercado internacional do milho, novamente, operam com estabilidade na Bolsa de Chicago, porém, do lado negativo da tabela. Os contratos mais negociados perdiam entre 1,50 e 1,75 pontos. Ainda assim, o vencimento março/17 já se aproximava dos US$ 4,00 e era cotado a US$ 3,94 por bushel.
No início da semana, os futuros do cereal chegaram a romper alguns patamares importantes e, assim, voltam a realizar lucros, buscando a retomada de um equilíbrio para os preços em um momento do mercado em que ainda faltam novidades consistentes entre os fundamentos ou movimentos acentuados no mercado financeiro que permita uma mudança na direção do mercado.
Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:
Milho: BM&F acompanha salto do dólar e fecha com altas de até 1,47% nesta 3ª feira
A terça-feira (15) foi agitada no Brasil, com o agravamento da crise política refletindo diretamente no mercado financeiro nacional. A perspectiva de ter o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como o o novo ministro da Secretaria Geral da Presidência provocou uma alta de 3,03% no dólar nesta sessão, levando a moeda a terminar os negócios com R$ 3,7630. Somente nesta semana, o avanço da divisa é de R$ 3,7630.
Na BM&F, os futuros do milho acompanharam a escalada da moeda norte-americana e também fecharam em campo positivo, com altas de 1,47% para o maio/16 - que fechou valendo R$ 44,85 - e de 0,92% para o setembro/16 - encerrando o pregão cotado a R$ 36,38 por saca. A exceção ficou por conta do vencimento março, que já deve sair da tela de negócios nos próximos dias, perdendo 0,38% para ficar com R$ 47,81. Em Paranaguá, o efeito foi o mesmo e o cereal com o embarque previsto para setembro/16 fechou com 2,94% de alta e R$ 35,00 por saca.
A influência da forte alta do dólar foi direta sobre as cotações, no entanto, o cenário doméstico de oferta e demanda para o cereal ainda atua como firme fator de suporte para as cotações. A oferta da safra de verão segue limitada diante de uma demanda crescente pelas indústrias nacionais.
Os vendedores, motivados ainda pela turbulenta cena política e as incertezas que ela carrega, evitam novos negócios e trazem ainda mais força aos preços. Esse comportamento, no entanto, tira o ritmo da comercialização e, ao lado de exportações que também começam a, naturalmente, se desacelerar, mantêm os valores do grãos exibindo estabilidade no mercado disponível nacional.
As referências em praças do Paraná, como Londrina, Cascavel e Ubiratã, seguem na casa dos R$ 33,50 por saca; enquanto em Ponta Grossa sobe para R$ 41,50. Em Sorriso, Mato Grosso, o valor subiu, por outro lado, 38,46% para alcançar os R$ 27,00 por saca, ao mesmo tempo em que manteve a estabilidade em R$ 39,25 no Oeste da Bahia.
Bolsa de Chicago
Na Bolsa de Chicago, os futuros do milho fecharam o dia com estabilidade na sessão desta terça-feira. Enquanto o contrato maio/16 caiu 0,25 ponto, os vencimentos setembro e dezembro/16 ganharam 0,25 ponto, para registrarem, respectivamente, US$ 3,78 e US$ 3,87 por bushel.
"As posições tanto da safra velha quanto da safra nova tentam retomar um patamar de equilíbrio após o rompimento de sua resistência nesta segunda-feira (14)", explica o analista de grãos sênior do portal internacional Farm Futures, Bryce Knorr.
Ao mesmo tempo, ao lado desse comportamento técnico das cotações, o mercado segue enfrentando a falta de novidades entre seus fundamentos - ou até mesmo no cenário macroeconômico - que possa motivar uma mudança nesses patamares. Até que isso aconteça, segundo explicam analistas, os valores seguem confinados.
Uma mudança poderia ser observada após a divulgação do novo relatório de estoques trimestrais, no dia 31 de março, pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
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