Milho: Após dois dias de alta, preços voltam a trabalhar em campo negativo no pregão desta 4ª feira na BM&F
Após dois dias de alta, as cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa voltaram a operar em campo negativo no pregão desta quarta-feira (3). Por volta das 12h13 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam quedas entre 0,44% e 0,78%. O vencimento março/16 ainda mantinha o patamar de R$ 41,00 a saca, cotado a R$ 41,05 a saca. Já o maio/16 era negociado a R$ 38,91 a saca.
O mercado, mais uma vez, acompanha o comportamento do dólar. E, nesta quarta-feira, a moeda norte-americana trabalha em queda e, por volta das 13h09 (horário de Brasília) era cotada a R$ 3,9631 na venda, com queda de 0,57%. Na máxima do dia, o câmbio já tocou o nível de R$ 3,9958. Segundo dados do site G1, a moeda é pressionada pela alta registrada nos preços do petróleo. Ainda assim, os investidores seguem cautelosos com a situação política e econômica do país.
Enquanto isso, na Bolsa de Chicago (CBOT), as cotações de milho dão continuidade ao movimento técnico, operando entre os patamares de US$ 3,50 e US$ 4,00 pro bushel. As principais posições do cereal registravam ganhos de mais de 0,50 pontos, por volta das 13h11 (horário de Brasília). O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,73 por bushel e o maio/16 a US$ 3,78 por bushel.
Os analistas ponderam que, o mercado segue sem novidades fortes o suficiente para alavancar as cotações da commodity. Nesse momento, dois fatores têm a atenção dos participantes do mercado. O primeiro é a situação da safra na Argentina, já que muitas regiões, especialmente a norte do país sofrem com a ausência de chuvas.
"Com um golpe de calor na segunda quinzena de janeiro, as chuvas desapareceram e já há regiões com sintomas graves nos principais cultivos. Uma das situações mais graves é registrada no nordeste de Buenos Aires, mas também são encontrados reflexos no sul de Entre Rios e Santa Fé, norte de Córdoba e Chaco, e no extremo norte da região conhecida como NOA (noroeste argentino)", informou a Bolsa de Comércio de Rosário.
O diretor do departamento climático da bolsa, José Luis Aiello, ressalta que caso não haja mudança no atual padrão das condições entre os dias 9 a 16 de fevereiro, as chuvas deverão ser muitos escassas, se concentrado no norte do país. E o especialista também não descartou as repetições de ondas de calor como as últimas que vêm sendo registradas. Até o momento, as lavouras do cereal, em sua maioria, apresentam boas condições.
Paralelamente, a nova safra norte-americana continua em foco. Ainda não há certeza em relação à área que será cultivada com o milho na próxima temporada nos EUA.
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