Milho: Com suporte do clima, mercado volta a subir na CBOT e julho/15 rompe os US$ 3,70 por bushel
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) voltaram a trabalhar do lado positivo da tabela na sessão desta quinta-feira (25). As principais posições do cereal exibiam ganhos entre 5,75 e 6,50 pontos, por volta das 11h47 (horário de Brasília). O vencimento julho/15 rompeu o patamar dos US$ 3,70 por bushel e era cotado a US$ 3,72 por bushel.
De acordo com os analistas, as chuvas voltaram ao radar dos investidores nesta quinta-feira. Após as projeções indicando um clima mais favorável no Meio-Oeste dos EUA, as precipitações retornaram para alguns estados da região. No caso do cereal, os estados mais atingidos pelas chuvas, até o momento, são Ohio e Indiana.
E, segundo informações reportadas pelo site AGWeb, os dois estados acumularam, nas últimas seis horas, chuvas entre 12,7 mm e 25,4 mm. Quase todo o estado de Illinois também registrou o mesmo índice de precipitações no mesmo período. No norte do estado de Missouri também foram registradas chuvas nas últimas horas.
Chuva acumulada nas últimas seis horas nos EUA - Fonte: NOAA
Enquanto isso, o NOAA (Serviço Oficial de Meteorologia do país) indica que nos próximos 6 a 10 dias, o cinturão produtor norte-americano terá entre 33% atpe 60% de probabilidade de chuvas. A previsão é válida entre os dias 30 de junho a 4 de julho. Paralelamente, as previsões climáticas alongadas também são observadas pelo mercado, uma vez que a perspectiva é de temperaturas acima da média, entre os meses de julho e agosto, período em que as lavouras estarão em fase de florescimento.
Chuvas previstas nos próximos 6 a 10 dias nos EUA - Fonte: NOAA
Em contrapartida, os investidores também aguardam o próximo relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será reportado na próxima semana, com os números dos estoques trimestrais e da área cultivada com o grão nesta temporada. Em seu último boletim, o órgão indicou a área de milho em 36,67 milhões de hectares. Na visão do consultor em agronegócio, Ênio Fernandes, o relatório poderá trazer uma revisão desse número, em uma área menor.
Ainda hoje, o USDA trouxe os números das exportações semanais do milho. Até a semana encerrada no dia 18 de junho, as exportações da safra velha ficaram em 496,8 mil toneladas do grão, contra as 627,1 mil toneladas indicadas na semana anterior.
Já os números da safra nova, apresentaram uma elevação, de 200,4 mil toneladas para 297,6 mil toneladas, no mesmo período. O principal comprador do produto norte-americano foi o México, com a aquisição de 220 mil toneladas do cereal.
Mercado interno
Já no Porto de Paranaguá a quinta-feira também está sendo positiva aos preços. Por volta das 12h16 (horário de Brasília), a saca do milho para entrega em julho/15 era cotada a R$ 28,70, com ganho de 1,41%. No dia anterior, o valor de fechamento ficou em R$ 28,30/sc.
Os preços nos portos sobem pelo 2º dia consecutivo, nesta quarta-feira, a cotação da saca do milho para entrega em outubro/15 registrou alta de 5,45% e atingiu o patamar de R$ 29,00 em Paranaguá. Em Santos, o ganho foi de 4,56%, com a saca do cereal a R$ 29,80.
Mais uma vez, as altas registradas no mercado internacional dão suporte aos preços, assim como a valorização do câmbio. No mesmo horário, o dólar era cotado a R$ 3,12, com alta de 0,68%.
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