Milho: Chuvas nos EUA dá suporte e mercado sobe pelo 2º pregão consecutivo em Chicago
Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) operam com altas expressivas pelo 2º dia consecutivo. Por volta das 7h57 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam ganhos entre 4,00 e 4,25 pontos. O vencimento julho/15 buscava os US$ 3,60 por bushel e trabalhava a US$ 3,58 por bushel.
De acordo com informações do site internacional Farm Futures, as previsões de chuvas para o Meio-Oeste dos EUA permanece dando suporte aos preços. Ainda nesta terça-feira, o Serviço Nacional de Meteorologia do país reportou a chegada de uma tempestade tropical Bill que se estende do Texas para outros estados como Missouri, Illinois e Indiana.
As previsões indicam precipitações entre 152 a 254 mm em algumas localidades do estado de Missouri. "Temos as tempestades que vão do estado do Texas para o Meio-Oeste dos EUA e deverão despejar mais chuvas ao longo dessa semana em campos já encharcados", disse Bob Burgdorfer, da Farm Futures.
Enquanto isso, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicou no início da semana que em torno de 73% das lavouras de milho estavam em boas ou excelentes condições até o último domingo. Na semana anterior, o número era de 74%. E os investidores seguem atentos ao cenário climático.
Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:
Milho: Com previsão de chuvas nos EUA, mercado fecha sessão com ganhos expressivos em Chicago
Depois de cinco sessões consecutivas em queda, os futuros do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o pregão desta terça-feira (16) com altas acentuadas. As principais posições do cereal exibiram ganhos entre 5,75 e 7,00 pontos. O vencimento julho/15 era cotado a US$ 3,54 por bushel, após iniciar o dia a US$ 3,48 por bushel.
Segundo informações do noticiário internacional, o mercado encontrou suporte nas previsões de chuvas para o Meio-Oeste dos EUA nos próximos dias e as especulações sobre os efeitos do clima nas lavouras do cereal. Ainda hoje, o Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos informou à chegada da tempestade tropical Bill que se estenderá ao norte do Texas, Missouri, sul de Illinois e Indiana. Inclusive, em Missouri, as precipitações podem ficar entre 152 a 254 mm.
As preocupações estão voltadas para os solos encharcados em algumas localidades. As recentes precipitações mais fortes ocasionaram inundações em áreas baixas dos campos de milho ou causaram a parada da água em algumas valas, o que poderia fazer com que as plantas permanecessem saturadas ainda por um tempo, como explica Bob Nielsen, da Purdue University, de Indiana.
Ainda de acordo com informações do site AGWeb, a maioria dos agrônomos acreditam que as lavouras mais jovens poderiam sobreviver em torno de 4 dias estando "alagadas" se as temperaturas estiverem mais amenas. "Ninguém pode dizer, com certeza, um dia após as tempestades, se os campos de milho irão sobreviver ou se terão perdas e quais serão as consequências exatas no longo prazo até que se passe tempo suficiente para que possa haver uma avaliação real das plantas danificadas. Podemos, no entanto, falar sobre alguns fatores que aumentam ou reduzem os riscos dos danos severos ou a morte das plantas em solos alagados", afirma Nielsen.
Em seu último boletim de acompanhamento de safras, divulgado nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou que cerca de 73% das lavouras do cereal estão em boas ou excelentes condições. Na semana anterior, o número estava em 74%.
Em torno de 22% das plantações estão em situação regular e 5% apresentam condições ruins ou muito ruins. Na semana anterior, os números estavam em 22% e 4%, respectivamente.
"Temos uma redução na área cultivada nesta temporada nos EUA e problemas climáticos, que podem resultar em potencial produtivo menor. Além disso, o milho está muito barato no país", disse o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.
Hoje, o USDA reportou a venda de 100 mil toneladas de milho para entrega na temporada 2014/15. Nesta segunda-feira, o órgão já tinha indicado a venda de 120 mil toneladas do grão para o Japão.
Mercado interno
No Porto de Paranaguá, a saca do milho, para entrega em outubro/15, registrou alta de 5,56% e terminou a terça-feira a R$ 28,50. Apesar da queda do dólar, que terminou o dia com queda de mais de 1%, cotado a R$ 3,09, os fortes ganhos observados no mercado internacional influenciaram os preços do cereal.
No mercado interno, o cenário é de calmaria, conforme destaca Brandalizze. "A partir do segundo semestre, com as exportações ganhando ritmo, o mercado começa a dar sinais de evolução. Temos uma demanda interna crescente e o mercado internacional é comprador", explica o consultor.
Em relação à safra, Brandalizze destaca que, a segunda safra continua a ser colhida e os relatos vindos dos campos indicam uma boa produtividade. "E até o momento, pelo o que sentimos as geadas observadas, principalmente no Paraná, não afetaram as lavouras", acredita o consultor.
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