Milho: Mercado observa o clima nos EUA, mas mantém tom negativo em Chicago nesta 6ª feira
Ao longo dos negócios desta sexta-feira (12), os futuros do milho mantém o tom negativo na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal recuam pelo 4º dia consecutivo e, por volta das 12h18 (horário de Brasília) exibiam perdas entre 2,00 e 2,75 pontos. O vencimento julho/15 era cotado a US$ 3,54 por bushel.
De acordo com a analista de mercado da FCStone, Ana Luiza Lodi, os investidores permanecem atentos ao comportamento do clima nos Estados Unidos. Por enquanto, as previsões ainda indicam chuvas, porém, no caso do cereal, a perspectiva é que as precipitações beneficiem o desenvolvimento das plantas, já que os produtores já finalizaram a semeadura do grão.
"Nesse momento, as chuvas são benéficas para a germinação das lavouras de milho. E para os próximos meses, as previsões indicam chuvas acima da média e temperaturas amenas, o que ainda não levanta nenhuma preocupação em relação à produção norte-americana. E temos uma oferta bastante confortável no mundo, o que mantém um cenário bastante tranquilo", destaca Ana Luiza.
No início dessa semana, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou que cerca de 91% das lavouras de milho já haviam emergido até o último domingo (7). E em torno de 75% das plantas apresentam boas ou excelentes condições. O órgão atualiza as suas projeções na próxima segunda-feira (15).
Além disso, a analista destaca que outro fator que também tem sido acompanhado pelos participantes do mercado é o comportamento do dólar. "Com o dólar mais forte, a competitividade do produto norte-americano fica comprometida", explica.
"As previsões continuam a indicar tempestades severas em partes do Meio-Oeste dos EUA, mas até agora não representa uma ameaça à cultura. O dólar mais forte e a maior safra do Brasil reforçam a ideia de que o produto norte-americano terá concorrência na exportação", disse Bob Burgdorfer, da Farm Futures.
Mercado interno
No Porto de Paranaguá, a saca do milho para entrega em outubro/15 opera na estabilidade nesta sexta-feira (12), a R$ 27,50. Além da queda observada no mercado internacional, o dólar trabalha com volatilidade.
Já no mercado interno, os preços do milho acumulam perdas de até 2% desde o início do mês, conforme destaca o analista de mercado da Scot Consultoria, Rafael Ribeiro. "Temos o início da colheita da segunda safra, estoques elevados e baixa liquidez no mercado interno, esses fatores têm mantido os preços pressionados. Em algumas regiões, a queda chega a 10% e 12% em comparação com os valores praticados no mesmo período do ano passado", afirma.
Com isso, é consenso entre os analistas de que o mercado precisará das exportações para equilibrar a oferta no mercado interno. Ainda na visão da analista da FCStone, os embarques, que tomam ritmo a partir de agora, podem ganhar força com o dólar fortalecido.
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