Milho: Mercado ainda avalia evolução no plantio dos EUA e amplia perdas em Chicago
Durante as negociações desta terça-feira (5), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) ampliaram as perdas. Por volta das 12h20 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam quedas entre 3,00 e 4,00 pontos. O contrato maio/15 era cotado a US$ 3,55 por bushel, após iniciar o dia a US$ 3,56 por bushel.
O mercado ainda reflete os números do avanço significativo na área cultivada com o milho nos Estados Unidos. De acordo com boletim de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), reportado nesta segunda-feira depois do fechamento do mercado, até o último domingo (3), cerca de 55% da área já havia sido semeada com o cereal. Os participantes apostavam em um percentual de 50%.
O número representa uma evolução semanal de 36% no cultivo do grão no país, já que na semana anterior, o volume cultivado estava em 19%. A média dos últimos cinco anos para o período é de 38%. Segundo as agências internacionais, o avanço é uma consequência do clima favorável observado na semana anterior ao longo do Cinturão Produtor de milho no país.
"Contudo a semana recorde no avanço do plantio do milho ocorreu em maio de 1992, com o progresso semanal de 43% na área semeada. O percentual também foi alcançado em maio de 2013", disse Terry Reilly, corretor da Futures International, em entrevista ao Agrimoney.com.
Como destaque no progresso da semeadura do grão é possível citar o estado de Iowa que, em uma semana, aumentou em 54% a área plantada, totalizando 68%. Os estados de Minnesota, Missouri, Nebraska e Dakota do Norte também apresentam uma evolução expressiva nos trabalhos nos campos, entre 41% a 45%.
Em contrapartida, em alguns estados como Ohio, Indiana, Kentucky, Tennessee e Pennsylvania, o avanço no cultivo do grão não foi tão expressivo. Inclusive, em algumas localidades, a semeadura está abaixo da média dos últimos anos.
Ainda de acordo com dados do departamento norte-americano, até o momento, em torno de 9% das lavouras de milho já emergiram, contra a média dos últimos anos de 12%. Em igual período do ano anterior, o número estava em 6%, mesmo percentual reportado na semana passada.
Paralelamente, as chuvas previstas para o final dessa semana deverão favorecer o desenvolvimento das plantações. Porém, poderão interromper o ritmo de plantio da cultura. "A previsão de chuvas nos próximos cinco dias poderá afetar o cultivo do grão, principalmente nos estados mais ao Norte do Corn Belt", explica Reilly.
Mercado interno
No Porto de Paranaguá, as cotações do milho permanecem estáveis nesta terça-feira (5), ao redor de R$ 28,00 a saca do grão, para entrega em outubro/15. Diante da desvalorização registrada no câmbio, associada às perdas na CBOT, as cotações não conseguem avançar.
A expectativa dos analistas de mercado é que, caso haja uma reação nos valores praticados nos portos, em decorrência do dólar, os preços no mercado interno também poderiam exibir uma correção. Nas últimas semanas, as cotações recuaram, reflexo da recente queda do dólar, no mercado internacional e as perspectivas de uma segunda safra favorável no Brasil.
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